Fim de ano chegando, fica cada vez mais difícil evitar a correria das compras e o aumento do volume de consumidores no comércio. Os golpes estão cada vez mais sofisticados e a dúvida que fica é sempre a mesma: como se proteger e não cair em fraudes do cartão de crédito/débito.
As estratégias usadas pelos criminosos para tentar enganar os consumidores são diversas e envolvem também as redes sociais. Para não acabar no prejuízo, os compradores devem ficar atentos e seguir algumas orientações de como se resguardar e evitar os golpes.
Os consumidores têm que ter bastante atenção e praticar algumas atitudes muito simples, para não cair nas temidas fraudes de cartão de crédito. Por exemplo, não passe as informações do seu cartão e confira se o site é seguro antes de fazer uma compra on-line.
1. Compras na internet:
Para fazer compras na internet, é preciso informar o Código de Segurança do cartão, sendo também conhecido como CVV (Valor de Verificação do Cartão). Esse é aquele número de três dígitos que fica na parte de trás do seu cartão de crédito.
Segundo o titular da Delegacia Especializada em Falsificações e Defraudações (Defa), delegado Douglas Vieira, uma maneira de evitar fraudes é nunca informar o CVV para ninguém, principalmente se o consumidor receber uma ligação ou mensagem de alguém que esteja pedindo esse dado. Nenhuma empresa séria vai pedir essa informação para o comprador.
O consumidor tem que ter atenção em quais sites está entrando para nunca fazer compras on-line em sites que não são seguros. Confira a reputação da empresa no site “Reclame Aqui” e pergunte para amigos e conhecidos se já compraram com essa loja e veja se o site tem o “https://”.
“Se o consumidor já foi vítima de alguma mensagem que tenha um link, não clique logo de cara. Entre em contato com a pessoa que enviou, no caso de ser algum conhecido, ou confira se não é SPAM, porque esse link pode ter um software que vai registrar as informações pessoais”, explicou Douglas Vieira.
2. Cuidados em estabelecimentos
Na hora de passar o cartão de crédito nas maquininhas, fique de olho no cartão para evitar que ele seja fotografado ou que o atendente anote os seus dados. Seja discreto no momento em que for digitar a senha. Lembre-se sempre que para evitar fraudes de cartões de crédito, todo cuidado é pouco!
3. Desconfie de solicitações de senha por telefone ou e-mail
O delegado Douglas Vieira explicou que as instituições financeiras não enviam e-mail e nem ligam para os clientes solicitando a senha do cartão de crédito, nem mesmo o código de segurança.
“Essas são informações pessoais e intransferíveis e não devem ser informadas nem digitadas no telefone. Sabendo desse fato, desconfie de qualquer ligação que você receba em nome de bancos ou instituições financeiras. Caso isso aconteça, jamais forneça dados pessoais como senha ou código de segurança do cartão”, ressaltou Douglas Vieira.
4. Não entregue seus cartões, mesmo que inutilizados
Os bancos nunca solicitam a devolução de cartões, mesmo em caso de bloqueio ou cancelamento e sequer fazem esse tipo de retirada na residência dos seus clientes.
Caso o cliente receba a visita de qualquer portador em nome do seu banco, solicitando a entrega do seu cartão de crédito, não atenda e não entregue seu cartão.
“Se, durante uma ligação recebida, você não se sentir seguro com o atendimento, não forneça nenhuma informação e entre em contato diretamente com a Central de Relacionamento, por meio de outro aparelho telefônico”, disse o delegado Douglas Vieira.
5. Tenha cuidado ao se desfazer dos cartões
Quando se desfizer de um cartão de crédito inutilizado, destrua o chip que contém nele para não deixar dúvidas.
Dica Bônus: sempre confira a fatura do seu cartão
O consumidor sempre tem que verificar a fatura do cartão de crédito. Assim, ele consegue saber se tem alguma despesa que não foi dele e entrar em contato com o banco para tomar as melhores providências.
CAIU NO GOLPE DO CARTÃO: “A compra e todos os cartões devem ser imediatamente bloqueados”, frisa Douglas Vieira.
GOLPE DA CARTA DE CRÉDITO CONTEMPLADA EM CONSÓRCIO
Golpistas usam propagandas em jornais, rádios, TVs, sites ou redes sociais e prometem a liberação de carta de crédito contemplada para a compra de determinado produto, mediante o pagamento da entrada. O consumidor acredita, mesmo sem ter recebido sequer as informações básicas, como o nome do titular da cota ou da administradora de consórcios responsável.
“O contrato é assinado e o pagamento é realizado. A vítima é orientada a aguardar até 90 dias para que a carta de crédito seja transferida. Passado esse tempo, a transferência, obviamente, não acontece. A vítima não consegue contato por meio dos telefones fornecidos, e, ao comparecer na ‘empresa revendedora’, o cliente se depara com portas fechadas”, orientou o delegado.
É preciso conferir no site do Banco Central se a instituição que administra o sistema é autorizada, pois somente o participante do grupo de consórcio pode repassar a titularidade para outra pessoa. Mesmo que haja a intermediação de uma empresa, o titular precisa ser devidamente identificado e reconhecido pela administradora. A administradora pode exigir uma série de documentos para avaliar se aprova ou não a transferência de titularidade. Não pague nada a ninguém antes de ter o cadastro aprovado. Exija que o contrato seja assinado na sede da administradora do consórcio.
O vendedor ou a empresa representante deve entregar os recibos das parcelas quitadas. Antes de assinar o contrato, solicite à administradora uma cópia da ata da assembleia em que consta o registro da cota contemplada. Não acredite na venda de cotas contempladas. Não acredite na entrega posterior da carta de crédito. Não acredite em entrega posterior do bem (veículo, imóvel, dentre outros). Tais promessas são fortes indícios de golpe.
Dicas Finais da Delegacia Especializada em Falsificações e Defraudações:
1. Não forneça seus dados pessoais (como nome completo, CPF, RG, endereço, número da conta bancária e senha) para estranhos, em ligações telefônicas, mensagens SMS ou WhatsApp;
2. Desconfie sempre de ofertas de produtos com preços abaixo dos praticados em mercado;
3. Não converse com estranhos na rua, tão pouco aceite propostas que pareçam ser muito boas e que lhe trariam alguma espécie de “vantagem”;
4. Saiba que a aparência engana! Estelionatários falam bem, estão normalmente bem vestidos e facilmente persuadem as vítimas. Tome estes cuidados para não se tornar uma.
5. Não troque fotos nem vídeos íntimos pela internet/rede social. Lembre-se: pedofilia é crime.
6. Em caso de dúvida, procure sempre alguém de confiança e peça ajuda.
7. Se você sabe de alguém que pode estar praticando algum destes golpes, denuncie pelo Disque-Denúncia (181) ou procure a Delegacia de Polícia mais próxima.
8. Caso você tenha sido vítima de algum destes golpes, procure a Polícia Civil do Espírito Santo (PCES). Você pode registrar a ocorrência pela Delegacia On-line: delegaciaonline.sesp.es.gov.br
O titular da Defa, delegado Douglas Vieira, orienta que, CASO SAIBA DE INFORMAÇÕES SOBRE GOLPES E/OU GOLPISTAS, UMA ÓTIMA OPÇÃO É O “181” (SIGILO ABSOLUTO QUANTO A SUA IDENTIFICAÇÃO). Esse é um importante instrumento de investigação.
Texto:Brenda Corti, estagiária da Seção de Imprensa e Comunicação Interna (Sicoi)
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