A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória, descartou a participação de um policial militar em um homicídio que aconteceu em uma casa de shows, em Vitória. O crime aconteceu no dia 16 deste mês, no bairro Mário Cypreste, na Capital. Eduardo Chaves Camilo, de 32 anos, foi assassinado a tiros e outras três pessoas foram baleadas.
“Desde a hora do fato, nós tivemos o maior cuidado em procurar e investigar de forma bem consistente para que não incidisse em erro. Após uma vasta varredura nos vídeos e as investigações da DHPP de Vitória chegou-se à conclusão que não foi um policial militar que praticou o crime no interior da casa de shows. Estamos vindo a público informar que esse crime não foi cometido por um policial militar”, afirmou o delegado-geral da Polícia Civil do Espírito Santo, José Darcy Arruda.
O titular da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa de Vitória, delegado Marcelo Cavalcanti, informou que pelas imagens foi verificado que o suspeito do crime estava com roupas diferentes das dos policiais militares que estavam no estabelecimento.
“As imagens são claras. O autor do crime, que está de bermuda branca e camisa marrom, é quem efetua os disparos, diferentemente das roupas que os policiais militares que estavam dentro da casa de shows usavam. É importante ressaltar que os policiais militares, após o fato, atuaram, prestaram socorro às vítimas e ficaram a todo momento dentro do estabelecimento. As imagens são claras e não temos dúvidas de que não houve a participação dos policiais”, afirmou o delegado Marcelo Cavalcanti.
Ele disse ainda que, pelas investigações, o crime pode estar ligado à disputa pelo tráfico de drogas. “Foi um crime de oportunidade. A vítima foi identificada no local e executada. As investigações estão no início, mas atribuímos o crime à disputa pelo tráfico de drogas. Até o momento, quatro armas de fogo do mesmo calibre utilizadas no crime estão apreendidas para serem submetidas ao exame de microcomparação balística”, acrescentou o delegado.