Governo do Estado do Espírito Santo
22/05/2025 16h35

Polícia Civil homenageia policiais civis aposentados

 A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) homenageia o ‘Dia do Policial Civil Aposentado’ que será comemorado neste sábado (24). Em respeito aos profissionais que atuaram com dedicação e honra na profissão, a PCES reforça sua gratidão pelo serviço prestado e destaca a importância de valorizar quem ajudou a construir a história da instituição.

A data foi instituída pela Lei nº 4.964, no Estado de São Paulo, e simboliza o reconhecimento aos policiais civis que se aposentaram após anos de serviço prestado à sociedade.

Mesmo fora da ativa, esses profissionais deixaram um legado importante em operações, investigações e prisões que marcaram época. De casos históricos, como o de Araceli, em 1973, até investigações mais recentes, como a dos irmãos Kauã e Joaquim, em 2018, o trabalho desses agentes ajudou a transformar a forma como a Polícia Civil atua.

Apesar das limitações tecnológicas da época, os policiais civis enfrentavam as dificuldades com determinação. Hoje, com avanços como câmeras de segurança e perícias mais detalhadas, reconhece-se ainda mais a importância do esforço realizado por esses profissionais no passado.

O policial aposentado Floriano Caros Vervloet relembra com muito orgulho sua trajetória e relata com detalhes sobre a profissão na época. Ele prestou concurso em 1986 para o cargo de investigador e assumiu em 1988. Após assumir, foi designado pelo superintendente a ficar temporariamente na Delegacia de Menores, permanecendo ali até 1994. No mesmo ano, passou a atuar na Delegacia de Homicídios, e se aposentou em 2018.

Além disso, o agente relembrou um momento marcante de sua trajetória profissional. “Acredito que na função policial, praticamente todos os dias eles aparecem, mas posso dizer que para mim foi o dia que recebi minha credencial, pois eu não estava ali por acaso, eu havia escolhido ser policial civil”, disse Vervloet.

Destacou também com detalhes as dificuldades enfrentadas ao exercer sua profissão. “Havia muitas dificuldades na época, sendo a principal delas a questão salarial, que girava em torno de dois salários mínimos e ainda assim eu escolhi essa maravilhosa profissão. A polícia também não tinha muitos recursos, tínhamos que pedir ajuda frequentemente para fazer as delegacias funcionarem, até um simples conserto em um pneu na viatura tínhamos que pegar do nosso bolso ou pedir favor”, relatou o policial.

Ressaltou as mudanças que foram feitas ao longo dos anos. “As coisas foram melhorando na questão salarial, depois na questão estrutural, a polícia se transformou com boas viaturas, reformas de prédios, mas também com o passar do tempo, junto a essas melhorias vieram as questões políticas em que a polícia que era respeitada na época, passou a ser enfrentada pela bandidagem e até hostilizada como podemos ver hoje em dia nos telejornais”, acrescentou o policial.

Segundo ele, a sua aposentadoria foi o encerramento de um lindo ciclo, deixando espaço para novas gerações. “Na verdade, não sinto falta da rotina, apenas dos amigos, pois penso que na ativa cumpri minhas obrigações da melhor forma possível, e assim que me aposentei passei a ter outras prioridades. Eu me preparei para aposentar, poderia estar até hoje trabalhando, mas fiz aos 53 anos, penso que a vida é feita de ciclos, cumpri o combinado, trabalhei 30 anos em delegacia de ponta sem nunca ter uma falta e nem responder qualquer procedimento, tinha que sair para deixar minha vaga para outro jovem oxigenar a instituição e eu aproveitar meu resto de vida da melhor forma possível enquanto tenho saúde. O que mudou é que hoje posso fazer tudo aquilo que não tive tempo para fazer enquanto estava comprometido com meu trabalho, pois aqueles que me conheceram trabalhando, ou que fizeram parceria comigo podem dizer que eu ‘respirava polícia’, não tinha hora e nem dia, eu estava pronto”, destacou Vervloet.

Floriano relatou como é estar aposentado na sua profissão. “Ser um policial civil aposentado para mim é uma grande honra, pois muitos colegas ficaram pelo caminho, se iludiram com as facilidades que a função oferece no dia a dia, e acabaram atrás das grades ou simplesmente perderam suas vidas. O conselho que deixo para os colegas na ativa, é que tenham muito cuidado, os tempos são outros, cumpram apenas o seu papel, a sociedade não aceita e nem quer super-heróis, aposentem no seu tempo para aproveitar o tempo que resta junto à família, a vida é muito curta”, completou Vervloet

 

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