A Polícia Civil do Estado do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), cumpriu nessa terça-feira (08), um mandado de busca e apreensão domiciliar no município de Cachoeiro de Itapemirim. Na residência morava um adolescente de 15 anos, investigado por realizar ameaças em um aplicativo de mensagens, insinuando praticar um ataque contra a escola em que estudou.
As investigações tiveram início no mês de maio deste ano, após a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) receber um relatório do Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça (Ciber Lab).
De acordo com as investigações, foi possível averiguar que o adolescente estaria utilizando um aplicativo de mensagens para publicar ameaças, insinuando um possível ataque na escola que estuda, em Cachoeiro de Itapemirim.
“A nossa ideia é dar um alerta para que os pais fiquem atentos aos comportamentos dos seus filhos. Nós não estamos querendo incentivar esse tipo de comportamento, muito pelo contrário, nós queremos com essa informação que pais, diretores de escola, professores, observem seus filhos, observem seus alunos, se sentir que ele está com dificuldade, isolado, peçam ajuda”, afirmou o delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda.
Durante o cumprimento da busca, foram apreendidas na residência do adolescente, armas de pressão, facas, mochilas táticas e uma besta. No local, também foi localizada uma arma de fogo que é pertencente ao pai do investigado, sem o devido registro. Diante do fato, a equipe deu voz de prisão em flagrante delito ao pai do adolescente pelo crime de posse irregular de arma de fogo. O homem foi conduzido à delegacia para as providências de praxe.
“O menor disse que se tratava apenas de uma brincadeira, pois sofria bullying de professores e colegas na escola. Uma falta de fiscalização em casa, os pais devem acompanhar os filhos na internet, com quem eles conversam”, destacou o titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), delegado Brenno Andrade.
O aparelho celular do menor também foi apreendido pela polícia. “No telefone foram reveladas fotos de jovens que se automutilavam a pedido do adolescente, tendo ele dito informalmente que sentia prazer naquele ato. No aparelho celular também foi encontrado material que fazia apologia ao nazismo”, explicou o delegado Brenno Andrade.
O adolescente chegou a confessar em depoimento que planejava o ataque desde os 12 anos. As investigações seguem em andamento e o menor poderá responder por ato infracional análogo aos crimes de posse ilegal de arma, ameaça, racismo e citação e apologia ao crime.
Texto: Beatriz Paoliello, Estagiária - Seção de Imprensa e Comunicação Interna (Sicoi).
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