A equipe do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic) prendeu, no último dia 15, três suspeitos de atuarem em crimes patrimoniais. Entre os detidos está um casal, de 42 e 38 anos, responsável por arquitetar um roubo com restrição de liberdade da vítima, ocorrido no dia 06 de abril, no bairro Mata da Praia, em Vitória. O crime ocorreu mediante simulação da suspeita, uma doméstica, de ter sido sequestrada.
A suspeita teria sido abordada na casa dela, onde mantinha as chaves da residência da patroa, sendo levada pelos assaltantes ao endereço onde eles algemaram os moradores, com exceção de um senhor, pois havia o conhecimento de que ele teria fobia, e a própria doméstica.
O delegado-geral da Polícia Civil (PCES), José Darcy Arruda, informou o quão tramado foi o crime e afirmou à população que a Polícia Civil não deixa os criminosos impunes. “Essa é uma história macabra, que demandou muita inteligência e muito trabalho do Deic. Com a prisão dos criminosos, mostramos à população que o crime não compensa”, disse.
Durante as investigações, a Polícia Civil descobriu que o marido da doméstica já havia sido preso por tráfico de drogas e que toda essa organização vinha sendo planejada há dois anos. A mulher, durante todo o tempo, informava ao homem o local onde estavam as joias, que seria um closet.
Ao ouvir o suspeito, os policiais chegaram às seguintes conclusões: havia a falta de vestígio de arrombamento na residência, no momento do sequestro, e o fato de que todos os celulares das vítimas foram destruídos, mas, por outro lado, os da família da doméstica estavam intactos. O homem não soube explicar o porquê, dias antes do fato que ocorreu durante a madrugada, de ter sido visto na rua da família; entre outras conclusões. Nesses casos, todas as ações se tornaram opostas quando comparadas às imagens encontradas.
O chefe da Divisão de Repressão aos Crimes Contra o Patrimônio (DRCCP), delegado Gianno Trindade, informou que, durante a ação da Polícia, foi descoberto que, ao todo, oito pessoas participaram do crime — seis que estavam no carro, além da doméstica e o marido. “Um dos criminosos era ex-companheiro da amante do marido da doméstica, que foi reconhecido pela família”, esclareceu o delegado.
O marido confessou, em partes, indicando outra pessoa envolvida no delito, e que ele teria sido procurado por um indivíduo que o apresentou informações sobre o crime. “A polícia conseguiu prender essa pessoa e mais duas, no último dia 13, durante uma perseguição em Fundão. No dia desse fato, os três indivíduos capotaram o carro e, por meio de um apelido, o sujeito foi identificado por ser o indivíduo que havia procurado o marido da doméstica”, relatou o delegado Gianno Trindade.
Os ocupantes do carro confessaram ter participado do crime, no dia 06 de abril. Ambos disseram que o marido da doméstica foi quem panejou toda a ação criminosa. Um dos suspeitos de envolvimento foi encontrado morto em uma barbearia, em Jacaraípe, na Serra, e o oitavo integrante, ainda não foi localizado.
Gianno Trindade disse ainda que a expectativa dos bandidos era encontrar na casa R$ 5 milhões, mas eles só localizaram cerca de R$ 35 mil. Além dessa quantia, levaram 800 gramas de ouro, aproximadamente, e R$ 1 mil e R$ 15 mil, que ficaram com o homem que morreu na barbearia, pois ele havia sido responsável pelo pagamento do carro usado no crime. Em seguida, o veículo foi incendiado.
A família disse que confiava na doméstica e que a casa em que ela e o marido moravam pertencia a eles, mas que, em breve, seria passada para o nome dela. Ao todo, sete pessoas foram presas e uma ainda não foi identificada. Os detidos foram autuados por falsa comunicação de crime, roubo triplamente majorado, dano qualificado, perigo comum, pelo incêndio do carro, e por restringir a liberdade das vítimas.
Texto: Marcus Vinícius Gonçalves, Estagiário - Seção de Imprensa e Comunicação Interna (Sicoi).
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