Governo do Estado do Espírito Santo
17/01/2019 18h00 - Atualizado em 21/05/2019 17h54

Polícia Civil prende ex-vereadores de Aracruz suspeitos de receberem propina 

A equipe da 13ª Delegacia Regional (DR) de Aracruz, em conjunto com a Divisão Especializada de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV) e do Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas (Nuroc) prendeu os ex-vereadores R.M.C., de 54 anos; O.P.B., de 66 anos; O.C.G.A., de 56 anos; J.R.B., de 40 anos; P.T.C., de 68 anos; P.S.R.P. e G.F., de 66 anos; que também é ex-deputado estadual. Também foi detido o ex-secretário municipal I.R.A. As prisões ocorreram nessa quarta-feira (16) e fazem parte da “Operação Lixinho e Rachid” que investigava o pagamento de propina aos detidos, entre outros crimes.  

Segundo o titular da Regional, delegado João Francisco Filho, o esquema criminoso era comandado por G.F. “Ele recebia R$ 5 mil por mês para distribuir o restante da propina com os outros detidos. Estes demais recebiam mensalmente R$ 3 mil. Todo o dinheiro vinha de uma empresa contratada para fazer a coleta de lixo no município”, disse.

O delegado explicou também que o nome da operação foi o mesmo usado pelos suspeitos quando se referiam à propina recebida. “Eles nomeavam a quantia como ‘lixinho’. Caso esse dinheiro demorasse a ser repassado aos suspeitos, eles criavam dificuldades para a empresa contratada pelo munícipio. O objetivo de tudo era demonstrar o descontentamento e pressionar a retomada do repasse ilegal de valores”, afirmou.

Já o ex-vereador P.T.C. foi condenado pelo peculato, pois ele exigia parte do pagamento dos servidores como condição para a obtenção da manutenção do trabalho, prática conhecida também como “Rachid”. “Ele, o filho e um ex-chefe de gabinete na Câmara do município eram responsáveis por um esquema de retenção de parte do salário dos funcionários do gabinete. Os suspeitos chegaram, inclusive, a contrair empréstimo bancários em nome deles”, acrescenta João Francisco.

Todos os detidos foram encaminhados à unidade prisional. O ex-chefe do gabinete, B.F.K.K. está foragido. Em desfavor dele possui um mandado de prisão pela prática de tráfico de drogas em Linhares.

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Texto: Fernanda Pontes

 

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