A equipe do Departamento Especializado em Narcóticos (Denarc) realizou uma operação em continuidade às investigações sobre o comércio de drogas sintéticas no Espírito Santo. R.A., de 30 anos, foi preso nessa quarta-feira (20) em um apartamento no bairro Jardim Camburi, em Vitória. No local foram apreendidos 4.805 comprimidos de ecstasy, 1.766 micropontos de LSD, 1.400 gramas de Skank e 77 gramas da droga conhecida como cristal, totalizando o valor aproximado de R$ 450 mil, além de um carregador contendo 18 munições de calibre 380.
O delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, informou que se trata de mais uma grande apreensão de drogas sintéticas realizada pela equipe do Denarc. “Nós percebemos que o mercado de drogas sintéticas é um mercado crescente, e por isso esse trabalho é extremamente importante, pois preserva vidas. Essas drogas têm alto poder destrutivo, levam as pessoas a terem de oito a doze horas de alucinação e podem provocar a morte. Em 2019, foram apreendidos 9.102 comprimidos vendidos como de ecstasy e 2.859 micropontos vendidos como LSD”, ressaltou.
O delegado-geral afirmou que a Polícia continuará trabalhando no enfrentamento do tráfico de drogas no Estado. “Os investigadores do Denarc estão desenvolvendo essaexpertise com relação às investigações e a parceria com os Correios tem facilitado os trabalhos. Nós iremos trocar informações com outros Denarcs do País para saber como estão as investigações dessas drogas, bem como sobre o trajeto percorrido para a compra e venda”, relatou Arruda.
O delegado geral da Polícia disse também que as drogas vinham pelo correio e que o suspeito igualmente utilizava essa via para proceder a distribuição. “Eles utilizavam essa metodologia para fazer compra e venda pela internet. É um tipo de tráfico de drogas sofisticado, um mercado seleto. Mas a equipe do Denarc está trabalhando para impedi-los. É um tráfico que sempre existiu, há uma investigação diferenciada realizada pelo Denarc. Quero parabenizá-los pelo excelente trabalho”, acrescentou.
A operação
O responsável pela operação, delegado Alberto Roque Peres, explicou que as investigações estavam sendo realizadas há cerca de quatro meses. “Nós tivemos o auxílio da Polícia Federal e dos Correios para rastrear e mapear todo o comércio e tráfico desse tipo de entorpecente, que são drogas sintéticas de uso recreativo. O entorpecente vinha do Sul do País e chegava por outras vias além do correio. Há indícios de que ele fazia a venda e a compra do entorpecente através da deep web, que é um tipo de rede anônima de computadores, ou na internet normal”, narrou.
O delegado alegou que o detido não levantava suspeitas. “Ele arrendou e administrava um food truck que funcionava em Jardim Camburi, não havia venda de entorpecentes no comércio ou na residência dele. Tudo era feito por meio da internet”, afirmou. Para as pessoas que estavam próximas, como vizinhos e colegas, R.A. não era uma pessoa suspeita, não tinha passagens pela Polícia. O detido não indicava nada que pudesse gerar suspeitas sobre essa prática criminosa.
“O suspeito tinha a função de receber o material. Ele reembalava em pequenas quantidades que eram revendidas pelo correio e em locais de festas. Há indícios de terem outras pessoas envolvidas, mas as investigações continuam para identificar todos que participaram desse crime, rastrear o dinheiro e como o entorpecente chega ao Estado. Para tanto, os policiais apreenderam o notebook e o celular do suspeito”, explicou.
R.A. foi autuado por tráfico, associação ao tráfico e posse ilegal de acessório e munição. Após os procedimentos, ele foi encaminhado ao Centro de Triagem de Viana (CTV).
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Texto: Fernanda Pontes
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