Governo do Estado do Espírito Santo
14/02/2019 17h42 - Atualizado em 14/02/2019 18h03

Policiais civis interditam farmácia com irregularidades em Vitória

A equipe do 1º Distrito Policial (DP) de Vitória, com apoio da Vigilância Sanitária e do Conselho Regional de Farmácia do Espírito Santo (CRF-ES), realizou uma operação nessa quarta-feira (13), no bairro Grande Vitória, na Capital. Durante a ação, foi interditada uma farmácia onde foram descobertas diversas irregularidades, entre elas medicamentos vencidos e com a data de validade cortada.  Os resultados da operação foram divulgados em coletiva de imprensa quinta-feira (14).

“Crimes dessa natureza atingem toda coletividade e possuem consequências enormes. Devemos pensar nos riscos os quais a população foi exposta quando adquiriu esses medicamentos. Os resultados desses remédios vencidos são inúmeros. Eles poderiam não ter efeito algum, mas, em casos extremos, poderiam levar um paciente a óbito”, alertou o delegado-geral, José Darcy Arruda.

Segundo o titular do Distrito, delegado Fábio Pedroto, durante a vistoria no local a responsável pelo estabelecimento, que se passava por farmacêutica, não foi encontrada. “Ela tentou se regularizar como responsável técnica pela farmácia em janeiro deste ano, mas o local já funcionava há dois anos em nome de outro farmacêutico”, destacou.

Além da documentação irregular do estabelecimento e ausência de um farmacêutico responsável, os policiais encontraram medicamentos de uso controlado sendo vendidos com data de validade vencida; receituários médicos de uso de psicotrópicos em branco; medicamentos com a data de validade cortados das cartelas e disponíveis para venda e descarte irregular de seringas em lixo comum, que gera riscos de contaminação.

O delegado contou que após a interdição do estabelecimento, a equipe policial foi em busca da falsa farmacêutica, que não foi encontrada em nenhum dos seus endereços. “Na manhã desta quinta-feira (14), ela se apresentou com os advogados na delegacia e confessou os crimes. Ela alegou não ter tido condições para cursar uma faculdade, porém disse ter pago R$26 mil pelo diploma. Agora as nossas investigações se destinam a identificar e prender os responsáveis pela emissão do diploma falso”, afirmou Pedroto.

A suspeita foi liberada após prestar depoimento e poderá ser indiciada pelos crimes de tráfico de drogas, exercício ilegal da profissão, falsidade ideológica, uso de documento falso e crime contra as relações de consumo.

Denúncia

De acordo com Pedroto, as investigações se iniciaram a partir de uma denúncia realizada pelo Conselho Regional de Farmácia (CRF). “Eles nos contaram que a responsável pela farmácia foi ao CRF solicitar seu registro farmacêutico. Porém, durante o procedimento, o Conselho descobriu que o diploma de ensino superior dela era falso. A ilegitimidade do documento foi constatada junto à instituição de ensino superior”, explicou.

Pouco tempo depois, o CRF recebeu um ofício, suspostamente da mesma faculdade, autentificando o diploma. “O documento, no entanto, veio de Brasília, enquanto a sede da instituição de ensino fica em Blumenau, o que chamou atenção para a sua ilegitimidade. Diante de tantas falsificações, o CRF acionou a Polícia Civil”, informou o presidente do Conselho Regional de Farmácia (CRF-ES), Luiz Carlos Cavalcanti.

Texto: Fernanda Pontes

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