Governo do Estado do Espírito Santo
26/08/2019 18h48 - Atualizado em 26/08/2019 18h49

Psicólogos atuam com profissionalismo e empatia na Polícia Civil

No dia 27 de agosto, homenageamos o profissional que atende, analisa e trata da subjetividade dos seus pacientes, identificando os seus traumas, medos, mas também potencializando as suas fortalezas, tudo isso com muito profissionalismo e empatia: o psicólogo. Na Polícia Civil (PC) esse profissional assume funções relevantes, quer cuidando da saúde mental dos servidores policiais e familiares – o que diretamente auxilia o bom funcionamento da instituição – quer atendendo o público externo, atuando em algumas unidades policiais.

Os psicólogos atuantes na Divisão de Promoção Social (DPS) realizam os projetos “Saúde do Trabalhador”, “Programa de Reflexão para a Aposentadoria”, “Coral Domingos Martins”, “Meu Parto”, “DPS Itinerante”, além de atendimentos clínicos para policiais e familiares. Já os profissionais diretamente atuantes nas unidades policiais fazem o atendimento da sociedade nas Delegacias de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e na Delegacia do Adolescente em Conflito com a Lei (Deacle), onde auxiliam as vítimas em casos de abuso.

A psicóloga Therezina Abranches, graduada em Psicologia pelo Instituto Tecnológico Maria Thereza (FAMATH), em Niterói, no Estado do Rio de Janeiro, e especialista em Psicologia Organizacional e mestre em Educação pela Ufes, é psicóloga da PC há mais de 26 anos, sempre atuando na DPS. Therezina mencionou que estudos da International Stress Management Association (ISMA) revelam que os operadores de segurança pública ocupam o 1º lugar no ranking das profissões mais estressantes, o que reafirma ser absolutamente importante a preocupação com a saúde mental dos policiais civis.

“Esse resultado evidencia, mais ainda, a necessidade do acompanhamento psicológico dos nossos profissionais. Considerando a especificidade de cada caso e demanda, é possível, inclusive, que façamos o encaminhamento do policial para profissionais externos”, comenta Abranches.

A psicóloga explica que o seu trabalho é o de realizar o acolhimento e o acompanhamento individualizado dos policiais civis e familiares. Para ela, o psicólogo, antes de tudo, precisa ser empático, resistente à frustração, resiliente, ter uma escuta diferenciada, ser hábil no trato com pessoas e ético, considerando sempre o que preconiza o Código de Ética da profissão de psicólogo.

“Em se tratando da atuação na instituição Polícia Civil, é necessário, também, que seja diplomático, visto que está inserido numa cultura onde o poder e a hierarquia são sua marca. Porém, não pode deixar de apontar o problema e fomentar a busca por soluções, seja no âmbito institucional ou individual, isto é, dentro de si mesmo”, acrescentou.

Therezina conta ainda que sente orgulho de trabalhar numa instituição que reconhece a importância do psicólogo em seu quadro de profissionais efetivos. “Todas as vezes que represento a PC em eventos que tratam da qualidade de vida e saúde mental, e vejo que ainda temos muito a fazer e aprender, não somente pela DPS, mas a Instituição como um todo, me orgulha sermos pioneiros em ter no quadro organizacional uma Divisão exclusivamente voltada ao suporte do policial civil”, relata.

Já a psicóloga Ana Paula da Silva Milani Patrocínio, graduada em Psicologia pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e mestra pela mesma Instituição está na Deacle desde que entrou na PC, em 2014. Ana Paula pertence ao quadro de psicólogos que atuam no atendimento das delegacias e na realização de projetos que disponibilizam assistência à sociedade. Ela descreve que a função do psicólogo na Polícia Civil está intimamente relacionada aos fenômenos da violência e do crime.

“Dentro da PC, a ação do psicólogo é baseada em fornecer subsídios ao campo jurídico e policial, sempre considerando os aspectos sociais, os contextos culturais e os modos de existência das pessoas que se encontram inseridas num processo de violência”, informa Ana Paula.

Na Deacle, Patrocinio é responsável pelo atendimento às vítimas de violência sexual (prioritariamente crianças de até 11 anos de idade) e dos seus familiares, por participação em oitivas, orientação sobre alguns direitos legais e de que forma a delegacia pode auxiliar no caso, elaboração de relatórios decorrentes dos atendimentos realizados, visitas às instituições da rede de atendimento, intimações, acompanhamento de estagiários de Psicologia, condução de grupos (como o projeto “Homem que é Homem”) e representar a Polícia em Conselhos de direitos etc.

Para ela, o orgulho de sua atuação na PC é poder exercer sua profissão de forma que interfira positivamente na sociedade. “Sempre me orgulho quando a minha atuação contribui, de alguma maneira, para proporcionar acesso à justiça e atuar perante os desequilíbrios vigentes na sociedade, cujos desdobramentos incluem sofrimentos psíquicos”, declara.

Ana Paula explica que o psicólogo que deseja ingressar na Polícia Civil deve ter certa afinidade com a Psicologia Jurídica e exercer seu trabalho pautado pela ética e pelas normas da profissão, trabalhando sempre para promover justiça e cidadania, baseado no compromisso social e nos direitos humanos.

Therezina e Ana Paula acreditam que os profissionais da Psicologia que ingressarão na PC devem compreender que o seu trabalho não se restringirá à atuação clínica, mas que será aberto a grupos de estudos, pesquisas e elaboração de projetos. “Portanto, é recordar sempre que a sua profissão pode contribuir com um novo e sistêmico olhar da análise dos fenômenos sociais nas situações diárias. Para isso, é de fundamental importância estudar e se atualizar”, de acordo com Ana Paula.

Assessoria de Comunicação Polícia Civil

Comunicação Interna

(27) 3137-9024

imprensa.pc@pc.es.gov.br

Atendimento à Imprensa

Olga Samara

(27) 3636-1536 / (27) 99846-1111

Camila Ferreira

(27) 3636-9928 / (27) 99297-8693

comunicapces@gmail.com

2015 / Desenvolvido pelo PRODEST utilizando o software livre Orchard