A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio do 3º Distrito Policial de Vitória, com o apoio da Guarda Municipal de Vitória, prendeu um homem de 26 anos na 2ª fase da Operação Consórcio Falido. O detido é suspeito de aplicar golpes do falso consórcio imobiliário, gerando prejuízo de cerca de R$ 31 mil em três vítimas já identificadas, todas em Vitória. O investigado também tem passagens por atos infracionais análogos aos crimes de tráfico de drogas, porte de arma de fogo e homicídio, além de ter mandado de prisão por estupro de vulnerável.
A primeira fase da operação foi deflagrada em maio. Os detalhes das investigações foram divulgados em coletiva, na tarde da última quinta-feira (17), na Chefatura de Polícia Civil, em Vitória.
Segundo o delegado titular do 3º Distrito Policial, Diego Bermond, as investigações começaram após denúncias recebidas há cerca de dois meses. “Recebemos informações sobre um indivíduo que estava aplicando o golpe do falso consórcio imobiliário. Apesar da primeira fase já ter sido concluída, demos continuidade às investigações e identificamos esse suspeito, que tinha prisão em aberto”, explicou.
O delegado detalhou que o suspeito atuava na Enseada do Suá, bairro nobre da Capital, utilizando anúncios falsos de imóveis para atrair as vítimas. “Ele se apresentava bem vestido e falava com desenvoltura, o que gerava um falso senso de credibilidade. Muitas pessoas acreditavam estar adquirindo um imóvel por meio de consórcio legítimo”, informou Diego Bermond.
A prisão ocorreu durante uma festa junina no bairro Bonfim, quando a equipe policial e os guardas municipais abordaram o suspeito no ginásio. “A ação foi rápida e silenciosa, poucas pessoas perceberam”, contou o delegado.
Diego Bermond alertou para a importância da cautela nas negociações imobiliárias: “Recomendo que as pessoas verifiquem sempre se a empresa é credenciada por instituições financeiras e que estejam atentas aos contratos assinados. Só assim se sentem seguras e evitam cair em golpes.”
O delegado também ressaltou o histórico criminal do suspeito. “Ele tem passagens por crimes graves, inclusive estupro de vulnerável, cometido quando ainda era menor de idade, além de tráfico e homicídio. Durante o interrogatório, confessou ter ficado dois anos internado por assassinato ligado à facção criminosa”, completou Bermond.
Detalhes sobre o caso de estupro de vulnerável:
A delegada adjunta da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Thais Cruz, explicou que a prisão do suspeito também está relacionada a um crime grave, distinto do golpe imobiliário.
“No ano passado, em julho de 2024, a mãe de uma menina de 12 anos procurou a DPCA após descobrir que a filha mantinha relação sexual com um homem maior de idade. Cabe destacar que manter relação sexual com menores de 14 anos é crime, independentemente do consentimento da vítima”, frisou a delegada Thais Cruz.
Durante as investigações, foi constatado que o suspeito exercia grande poder de persuasão e seduziu a vítima ao longo de dois meses. A denúncia partiu da própria esposa do suspeito, que confrontou a menina. A mãe da vítima então procurou a polícia.
A criança foi submetida a exame de corpo de delito, que confirmou o abuso sexual. A polícia representou pela prisão preventiva do suspeito, que chegou a fugir e permaneceu foragido por algum tempo.
“O processo já foi denunciado e a denúncia foi recebida. O suspeito agora está preso em decorrência das investigações da operação Consórcio Falido, onde foi capturado”, acrescentou a delegada.
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