A Secretaria da Justiça (Sejus) e a Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) realizaram, na manhã desta sexta-feira (04), uma operação para cumprimento de mandado de busca e apreensão no município de Cariacica. O alvo da operação foi a participação de mulheres suspeitas de “alugarem” telefones celulares para presos do regime semiaberto.
O mandado foi cumprido em uma casa, no bairro Santa Luzia, em Cariacica. No local, 15 celulares foram apreendidos e uma mulher e uma adolescente, de 17 anos, conduzidas à 4ª Delegacia Regional de Cariacica. Os celulares eram entregues aos detentos durante a saída do presídio. Levantamentos apontam que para cada celular “alugado” era cobrado o valor de R$50.
O policial penal Weleson Vieira de Souza explicou que presos do regime semiaberto não podem fazer uso de telefones celulares enquanto estão fora do sistema prisional. “São presos do regime semiaberto que saem da unidade prisional para trabalhar e devem retornar ao presídio no final do expediente. Há várias restrições impostas ao preso, entre elas, não utilizar aparelhos celulares, já que, na maioria das vezes, o uso do telefone é para cometer crimes”, explicou.
A equipe da Policia Civil verificou que nenhum dos 15 celulares apresentou restrição de furto e roubo, porém foram encaminhados à perícia. Segundo a titular do 16º Distrito de Polícia de Cariacica, a delegada Argentina Leopoldina da Silva Neta Armantrout, mãe e filha vão responder por favorecimento real, previsto no artigo 349-A do Código Penal. “Por ser um crime de menor potencial ofensivo, a mulher de 42 anos assinou um Termo Circunstanciado (TC) por favorecimento real e foi liberada após assumir o compromisso de comparecer em juízo”, relatou.
“Já a filha, a adolescente de 17 anos, assinou um Boletim de Ocorrência Circunstanciado por ato infracional análogo ao crime de favorecimento real e foi reintegrada à família, após um familiar assumir o compromisso de comparecer ao Ministério Público do Espírito (MPES), quando solicitado”, completou disse delegada Argentina Leopoldina da Silva Neta Armantrout.
A operação, desencadeada pela Subsecretaria de Inteligência Prisional da Sejus (Subip), foi um desmembramento da abordagem realizada pela Sejus no Terminal de Campo Grande em fevereiro deste ano. Na ocasião, foram apreendidos 27 celulares, documentos e anotações. Nessa ação, duas mulheres foram levadas à delegacia suspeitas de “alugarem” telefones celulares a presos.
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