A equipe da Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Guarapari prendeu um homem de 20 anos, no bairro Ipiranga, também em Guarapari, na manhã desta terça-feira (09). Ele é suspeito de ser autor de diversos roubos, principalmente de smartphones, realizados entre os dias 05 e 24 de dezembro do ano passado, em diversos bairros do município.
As investigações revelaram uma rede formada por cinco receptadores. Cada um era responsável por uma função, que transformava o produto roubado em licito para ser comercializado.
A prisão foi realizada durante cumprimento de mandado de prisão temporária. Além dos celulares, o homem de 20 anos roubava veículos, bolsas e joias. As diligências comprovaram que ele agia com outros dois suspeitos, que ainda não foram identificados.
“Eles buscavam perfis específicos para vítimas, que incluíam casais, idosos, motoristas de aplicativo e transeuntes”, conta o titular da Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Guarapari, delegado Guilherme Eugênio.
Rede de receptadores
O Inquérito Policial também revelou que os envolvidos vendiam os produtos para uma rede dedicada à compra, desbloqueio, conserto e revenda de aparelhos roubados, o que fez com que os policiais encontrassem o dono de uma loja de smartphones usados, que estava em posse de um dos aparelhos celulares que foram roubados pelo indivíduo preso.
“Foram identificados cinco receptadores, sendo que cada um tinha uma função diferente para que o aparelho roubado se tornasse lícito. O suspeito roubava o celular, como o iPhone, e vendia por R$ 60,00 a um desses receptadores. Com os produtos nas mãos do primeiro receptador, o smartphone era encaminhado para outro, que era responsável por desbloquear, outro conseguia emitir nota fiscal e assim por diante. No final, o produto, dependendo do modelo, era vendido por R$ 3 mil”, conta o delegado Guilherme Eugênio.
A ação foi realizada durante cumprimento de mandado busca e apreensão e foram efetuadas nas residências dos suspeitos. Os acusados admitiram ter participação nas etapas que são efetuadas antes da receptação e venda para o consumidor final. Estima-se que os smartphones roubados passavam por cinco etapas antes de serem entregues ao comprador, tendo envolvimento de diversas pessoas para o trabalho de conserto, desbloqueio e repasse dos aparelhos para os lojistas, que tinham ciência da procedência dos celulares.
Durante outras operações policiais relacionadas ao inquérito, dois aparelhos de modelo iPhone foram recuperados e restituídos às vítimas. A investigação seguirá em andamento com o objetivo de identificar e capturar os demais envolvidos na rede criminosa.
Texto: Matheus Zardini e Rachel Nunes
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