A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) homenageia, nesta sexta-feira (16), todos os auxiliares de Perícia Médico-Legal (APML) do Estado do Espírito Santo. Esses servidores atuam diariamente com coragem, ética e sensibilidade realizando atividades que colaboram para a produção de provas periciais.

Os auxiliares de Perícia Médico-legal trabalham diretamente com o médico-legista, colaborando para a realização de necropsias, exumações, além de realizar serviços específicos em cadáveres, como dissecação dos músculos, artérias, nervos, pele, abertura do crânio e retirada de vísceras. Ainda realizam tarefas administrativas, como registro de óbitos e outras medidas cabíveis relacionadas ao sepultamento de indigentes, reconhecimento e liberação das vítimas, atividades externas de recolhimento de cadáveres e outras atribuições.

Os auxiliares de Perícia que compõem a PCES estão distribuídos no Departamento Médico-Legal (DML) de Vitória, Serviço Médico-Legal (SML) de Cachoeiro de Itapemirim, Colatina, Linhares e Venda Nova do Imigrante.

O diretor do Departamento Médico-Legal de Vitória, Wanderson de Souza Lugão, salientou que o cargo de auxiliar de Perícia Médico-Legal exerce um trabalho muito pesado fisicamente e que exige um controle emocional muito grande. “Contudo, é uma tarefa muito interessante e imprescindível para a produção de provas periciais pelo DML. Certa vez ouvi dizer que ‘os auxiliares de Perícia são as mãos do médico-Legista’ e acrescento que também são os olhos, pois, muitas vezes, eles têm um contato mais próximo com a vítima e auxiliam os médicos a ‘enxergar’ lesões que poderiam passar despercebidas”, destacou.

A auxiliar de perícia Renata Pereira Uliana é formada em Enfermagem e ingressou na instituição em 2012. Nesses anos de atuação, trabalhou no Serviço Médico-Legal de Colatina, Cachoeiro de Itapemirim e, atualmente, está localizada no DML de Vitória, onde desempenha função administrativa. Ela já atuou em todos os campos que o cargo possibilita, tendo experiência em dirigir viatura para transporte de cadáveres, sala de necropsias e atendimento aos familiares das vítimas.

Renata Pereira Uliana conta que, nesses 10 anos de atuação, mudou como ser humano, tornando-se mais forte, sensível, encorajada e segue aprendendo a cada dia. “O mais desafiador dessa profissão é lidar diariamente com a morte. Atendemos familiares em luto e temos que buscar humanizar o atendimento dessas pessoas, pois todos que chegam procurando atendimento sofreram algum tipo de perda, agressão ou sofrimento”, disse. 

Texto: Adriana Nascimento Amaral, Policial Civil - Seção de Imprensa e Comunicação Interna (Sicoi).

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