Governo do Estado do Espírito Santo
13/01/2025 12h39 - Atualizado em 13/01/2025 12h43

DPCA apresenta balanço de 2024 e destaca prisões em casos de violência contra crianças e adolescentes

A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), divulgou, nesta segunda-feira (13), o balanço das ações desenvolvidas durante o ano de 2024. Ao todo, foram relatados 910 Inquéritos Policiais, instaurados 1.941 e concluídos com 31 prisões realizadas, além de 31 mandados de busca e apreensão cumpridos.

Ao longo do período, a equipe da DPCA realizou ações significativas que refletem o compromisso com a segurança e a proteção dos direitos de crianças e adolescentes no Espírito Santo. Durante o ano, foram realizadas 132 operações policiais, com 117 representações por prisão e a apreensão de provas essenciais para a elucidação de diversos crimes.

Entre as prisões, algumas se destacaram pela gravidade e repercussão dos casos. Um exemplo foi a prisão de uma técnica de enfermagem investigada por torturar um bebê de dois meses, com base em imagens de videomonitoramento que comprovaram os atos.

Outro caso envolveu a prisão de uma babá investigada por abusar de uma criança de três anos e gravar os atos, enviando os vídeos ao namorado. Ambos foram presos em Vila Velha. Em outro episódio, um padrasto foi preso por agredir um bebê de um ano e quatro meses, deixando-o em estado grave no bairro Nova Almeida, na Serra. A mãe da criança também foi indiciada por omissão.

Além disso, houve a prisão de um homem suspeito de estuprar três enteadas de 16, 13 e 11 anos, localizado em Cubatão, São Paulo, após uma operação em conjunto com o Centro de Inteligência e Análise Telemática (Ciat). Um outro caso de repercussão foi a prisão de uma mulher investigada por permitir que sua filha fosse abusada sexualmente pelo padrasto e por agredir a vítima. A suspeita foi presa em Vila Velha, enquanto o padrasto segue foragido.

Além das atividades investigativas, a DPCA manteve o compromisso de oferecer atendimento psicossocial humanizado às vítimas de violência, em articulação com a Rede de Proteção, reforçando a importância do acolhimento que prioriza a dignidade e o bem-estar de crianças e adolescentes em situações de vulnerabilidade.

Em maio, a DPCA efetuou a prisão preventiva de indivíduo acusado de abusar sexualmente de crianças e adolescentes e realizar gravações dos crimes, no município de Vila Velha. Foi constatado que uma das vítimas era a própria filha do investigado e que as gravações da criança tinham data no ano de 2019, quando ela tinha apenas 3 anos de idade. O inquérito foi concluído com indiciamento do investigado por crimes de estupro de vulnerável e produção de conteúdo pornográfico envolvendo crianças e adolescentes.

Em outubro, a delegacia realizou uma campanha para tornar o ambiente mais acolhedor às crianças atendidas. As salas foram decoradas com balões e enfeites coloridos, e sacolas-surpresa recheadas de doces foram distribuídas, criando um espaço lúdico e de acolhimento.

Em novembro, foi realizada a prisão de um professor acusado de abusar sexualmente de 21 alunas, em âmbito escolar, nos municípios de Cariacica e Vila Velha. As vítimas tinham entre 9 e 16 anos de idade na época dos fatos, e foram atendidas pelo Setor Psicossocial da DPCA. Uma das vítimas narrou que chegou a ser perseguida e estuprada pelo professor enquanto ia ao banheiro da escola.

O Setor Psicossocial da DPCA, composto de três psicólogas e duas assistentes sociais, realizou 346 acolhimentos de vítimas ou testemunhas de violência, 255 encaminhamentos para acompanhamento para a rede de proteção e 427 relatórios de atendimento psicossocial.

No mês de novembro, ocorreu a operação “HAGNOS”, em colaboração com o Ministério da Justiça e da Coordenação Operacional Estadual de todas as Operações de Vulneráveis, realizando mais de 105 depoimentos, 209 inquéritos relatados, duas prisões e 23 verificações do Disque-Denúncia 181.

A titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente, delegada Thaís Cruz, ressaltou a relevância das operações realizadas durante o ano. “É importante destacar que a DPCA, com a localização de dois novos delegados e reposição de OIP, conseguiu alcançar resultados satisfatórios e apresentá-los à sociedade. Assim, conseguimos localizar dois policiais por cidade para cumprir intimação, ordem de serviço e prisão, um delegado responsável e uma OIP para administrar o cartório”, frisou.

Criada em 08 de julho de 1993, a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente, a DPCA, é responsável por investigar crimes cometidos contra crianças e adolescentes nos municípios de Vitória, Vila Velha, Cariacica, Serra e Viana, atendendo a mais de 600 bairros.

A unidade está localizada na Rua Lisandro Nicoletti, s/n, no bairro Jucutuquara, em Vitória, com atendimento de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.

 

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