Governo do Estado do Espírito Santo
09/08/2021 08h20 - Atualizado em 09/08/2021 08h29

Operação Maria’s prende nove homens suspeitos de violência contra mulher

Trinta e cinco policiais, 17 viaturas, 11 mandados de busca e apreensão e nove prisões realizadas. Esses são os números da Operação Marias’s deflagrada, nesta semana, pela Divisão Especializada em Atendimento à Mulher (Div-DEAM). As prisões foram realizadas em cumprimento aos mandados de prisão temporária, fruto do trabalho de investigação realizado pelas Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deams) da Grande Vitória e do interior do Estado.    

“Por meio da Operação Maria’s, tiveram início as ações 'Agosto Lilás', que visam a intensificar a divulgação da Lei Maria da Penha, para sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre o necessário fim da violência contra a mulher. A Lei Maria da Penha completa 15 anos de promulgação neste sábado, dia 07. A Lei é importantíssima, porque veio para inibir e prevenir esse tipo de violência. Hoje, fizemos a instauração do inquérito para que o caso seja investigado”, explicou a chefe da Div-DEAM, delegada Cláudia Dematté.

As prisões ocorreram em municípios da Região Metropolitana e do interior do Estado, sendo Cariacica, Vitória, Viana, Vila Velha, Aracruz, Cachoeiro de Itapemirim, São Mateus e Venda Nova do Imigrante.

Os mandados de prisões foram motivados, principalmente, por descumprimento de medida protetiva e por estupro. Os policiais também cumpriram 11 mandados de busca e apreensão domiciliar, tendo sido apreendidos um revólver calibre. 32, 15 munições calibre. 38, uma munição calibre. 380, um simulacro, um celular, diversos documentos e três pen drives.  

“Ressaltamos que a Lei Maria da Penha sofreu uma alteração de descumprimento de medidas protetivas. Deixamos claro que, quaisquer homens autores de violência que insistirem em descumprir medida protetiva, serão presos. A nossa Divisão está com todo rigor possível para enfrentar a violência contra a mulher", frisou a delegada.

Cláudia Dematté orienta que, a partir da primeira agressão sofrida, é importante denunciar o crime. “O crime começa pela violência moral, por xingamentos e humilhações, evoluindo para a violência psicológica, por meio de ameaças. Aí temos a prática de crimes mais graves, como a lesão corporal e até mulheres tendo as suas vidas ceifadas. A luta não é só da mulher e sim de toda a sociedade para desconstruir esse machismo estruturado”, frisou.  

Resultados


As Operações Maria’s são realizadas de forma contínua pela Deam, sendo que, no ano de 2020, foram 325 homens autores de violência contra a mulher detidos nas operações. Só neste ano, já foram presos em diligências realizadas pela Divisão Especializada de Atendimento à Mulher 287 pessoas que praticavam violência doméstica no Estado.

Em 2020, foram cumpridos 108 mandados de busca e apreensão e 1.665 prisões, em flagrante. Até junho deste ano, foram 1.030 prisões em flagrante realizadas pela Deam.

“Infelizmente, a violência contra a mulher sempre existiu, fruto de uma sociedade machista e de cultura patriarcal. Antes da Lei Maria da Penha, o número de mulheres que denunciava era extremamente reduzido, porque não existia uma legislação especial que viesse a punir com rigor esses homens autores de violência. Desde a criação da Lei, esses números vêm aumentando, porque as mulheres, cada vez mais cientes de seus direitos, procuram as delegacias e denunciam”, enfatizou Claudia Dematté.

 

Texto: Seção de Imprensa e Comunicação Interna (Sicoi)

 

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