Governo do Estado do Espírito Santo
25/05/2021 14h25 - Atualizado em 25/05/2021 14h26

Operação Píthikos: Polícia prende sete suspeitos no Morro do Macaco, em Vitória

Foi deflagrada, nessa segunda-feira (24), a Operação Píthikos, planejada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A ação foi coordenada pela Polícia Civil (PCES) e contou com o apoio da Gerência de Inteligência, da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), e do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo (NOTaer), da Casa Militar. 

A ação reuniu cerca de 90 policiais civis e resultou na detenção de sete pessoas, sendo uma em cumprimento de mandado de prisão por homicídio cometido no município de Cariacica. Também houve a apreensão de três armas, além de entorpecentes, dinheiro, nove rádios comunicadores e munições. Os resultados foram divulgados em entrevista coletiva, na tarde dessa segunda-feira (24), na Chefatura de Polícia Civil.

Segundo o chefe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Romualdo Gianordoli, as investigações duraram cerca de seis meses e a operação foi realizada em fases, sendo a primeira realizada em maio e a segunda em dezembro, ambas no ano passado. “Muito mais importante que as apreensões de hoje é a investigação, que, com provas robustas, vão permitir que indivíduos do alto escalão do tráfico de drogas da região estejam com mandados de prisão em aberto e, certamente, serão presos em breve”, disse Gianordoli

Ainda segundo o delegado, dos sete suspeitos, dois deles são apontados como coordenadores e partícipes de ataques ao Morro do Romão, em Vitória, em 2020, e no bairro Andorinha, neste ano. “São indivíduos conhecidos como 'faixa-preta’, que realmente participam dos ataques e ficam responsáveis pelas armas longas no morro. Eles não só coordenam, como participam efetivamente dos ataques. Eram dois que fizeram esses ataques em Andorinhas e, no ano passado, proporcionaram diversos ataques no Morro do Romão. Foram duas prisões de grande porte, muito importantes para nós", afirmou Gianordoli 

A prisão de um homicida de Cariacica, que estava escondido no Morro do Macaco, segundo o titular da DHPP, demonstra como essas organizações criminosas estão se interligando. “Tanto indivíduos de Cariacica estão escondidos no Morro do Macaco quanto indivíduos do Morro do Macaco podem estar escondidos em locais de tráfico de drogas aliados”, contou o delegado. 

Durante a operação, foi desarticulado um laboratório de fabricação de cocaína de baixo teor de pureza, porém muito letal. "O laboratório era uma informação que nós tínhamos. Quando chegamos, não tinha nenhum indivíduo lá, mas estavam panelas, liquidificadores e materiais para embalo de entorpecentes. Eles utilizam as pedras de crack e diluem com ácido bórico para que vire uma cocaína com baixo teor de pureza. Isso torna a cocaína bastante destrutiva, já que o usuário tem que utilizar mais vezes e em um maior volume para conseguir o resultado desejado", explicou Gianordoli.

O representante do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo (NOTaer) nesta operação, o delegado Arthur Bogoni, pontuou que o Harpia foi empregado para transportar uma equipe de policiais civis e evitar que suspeitos tentassem fugir pela área de vegetação que o Morro do Macaco tem. “Foi prestado apoio aos policiais que estavam nas trilhas de mata e feita a observação aérea de toda a operação, com o principal propósito de que nenhum suspeito tentasse fuga pela mata, o que não ocorreu", disse Bogoni

Operação Píthikos

O nome da Operação faz referência ao local onde os mandados foram cumpridos, no Morro do Macaco, em Vitória. Píthikos significa macaco em grego.

Texto: Olga Samara 



 

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