A equipe da Delegacia Especializada em Defraudações e Falsificações (Defa) prendeu, em flagrante, uma mulher de 47 anos no momento em que ela tentava sacar a quantia de R$ 270 mil da conta de uma idosa de 73 anos, do Rio Grande do Sul. A prisão ocorreu dentro de uma agência bancária, no bairro Gurigica, em Vitória, na tarde dessa quarta-feira (19). Com a detida foram apreendidos extratos bancários da conta da vítima, bem como uma agenda contendo uma lista com informações pessoais de outras possíveis vítimas.
Para o delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, a prisão dessa suspeita interrompe uma sequência de golpes que seriam aplicados no Estado. “Eles elegeram o Espírito Santo para cometer esses crimes e ela veio preparada para isso. Porém, foram presos porque aqui nós estamos atentos”, disse o responsável pela PCES, que acrescentou ainda que as investigações continuam em buscas dos demais integrantes dessa organização criminosa.
O titular da Defa, delegado Douglas Vieira, explicou que para aplicar o golpe, a suspeita usou uma identidade falsa. “Ela estava na agência bancária tentando realizar três saques que totalizaram R$ 270 mil de uma conta que é do Rio Grande do Sul. Os funcionários da agência desconfiaram e nos acionaram. Nossa equipe foi ao local e solicitou que ela apresentasse o documento que foi constatado ser falso e, ao ser questionada, ela confessou seu verdadeiro nome”, informou.
De acordo com o delegado, a detida disse que veio do Estado de Goiás para aplicar o golpe. “Durante o depoimento, ela contou que foi contratada por uma pessoa que não sabe o nome e que receberia o percentual de 15% sobre as transações realizadas”, afirmou.
O chefe do Departamento Especializado em Investigações Criminais (Deic), delegado João Francisco Filho, esclarece que a organização criminosa é sediada no Distrito Federal, mas aplica os golpes em vários estados do País na tentativa de dificultar a ação das polícias. “No entanto, a PCES trabalha sempre em conjunto com as Polícias Civis de outros estados e, nesse caso, não foi diferente, pois a organização criminosa dividia as ações”, pontuou.
Douglas Vieira explicou como a organização criminosa age: “eles ligam para as vítimas, geralmente idosas, e fingem ser atendentes bancários. Dessa forma, eles conseguem os dados pessoais e bancários das vítimas e falsificam os documentos de identidade. Com isso em mãos, eles ligam para as agências bancárias, se passando pelas vítimas, e solicitam a segunda via do cartão do banco. De posse disso, os criminosos usam para realizar os saques.”
O chefe do Deic deixa um alerta: “desconfiem sempre se receberem um telefonema de pessoas que não consigam identificar, seja de operadora de telefone celular ou de banco. Se acharem aquela ligação suspeita, liguem para o banco para confirmar. E façam um boletim de ocorrência, mesmo que na sua conta não tenha grande valor, pois as contas podem estar sendo usadas apenas como intermediárias nessas transações”, destacou.
A mulher foi autuada por tentativa de estelionato e uso de documento falso. Ela foi encaminhada para o Centro de Triagem de Viana (CTV), onde permanece à disposição da Justiça.
Texto: Fernanda Pontes
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