Nesta quarta-feira (04), é comemorado o dia do Perito Oficial Criminal (POC), profissional da Polícia Civil (PCES) que atua, principalmente, na produção da prova material, com análises e exames científicos realizados no local do delito ou em laboratórios. Os peritos realizam atividades de grande responsabilidade e complexidade técnica, coletam dados e informações necessárias aos exames periciais, emitem laudos, contribuindo para a elucidação de crimes.

O policial civil Vinicius Medici de Oliveira trabalha há quase 13 anos na PCES e, atualmente, desempenha o cargo de chefe do Serviço de Perícias Externas, coordenando vários plantões, dentre eles, o da Seção de Crimes Contra a Vida e o plantão da Seção de Crimes Ambientais.

Graduado inicialmente em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), e posteriormente em Direito pela Universidade de Vila Velha (UVV), Vinícius esclareceu sobre a importância do trabalho do perito para a conclusão de casos. “Quando se pensa na fase de investigação, a nossa atividade auxilia a autoridade policial a excluir ou incluir suspeitos. A partir do momento que a conclusão é baseada em provas robustas, respeitando o rigor da metodologia científica, há possibilidade de se promover justiça”, explicou.

Ao longo dos quase 13 anos de profissão e, diante das inúmeras experiências vividas, o chefe do Serviço de Perícias destaca algumas de suas participações. “Fiz parte da equipe que trabalhou na elucidação dos fatos que vitimaram fatalmente os irmãos Kauã e Joaquim, em Linhares. Tive a oportunidade de ser mobilizado, vindo a operar pela Força Nacional de Segurança Pública e trabalhei na segurança da Olimpíada e Paraolimpíada Rio 2016”, acrescentou.

Já a perita Lavínia Corteletti Marcarini, graduada em Farmácia pela Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia (Emescam) de Vitória, trabalha na PCES há sete anos e hoje atua no Laboratório de Química Forense. Dentre tantos trabalhos importantes, ela ressaltou o orgulho em relação ao trabalho exercido no município de Linhares. “Um caso que me marcou foi quando atendi uma ocorrência de roubo com cárcere privado dos pais de uma colega. Na ocasião, selecionei alguns objetos para coleta de impressões digitais no Laboratório Forense de Papiloscopia e identifiquei um dos suspeitos do crime”, informou.

Quando estava na graduação, Lavínia já havia decidido que seguiria no ramo da perícia. “Relatos de professores que atuavam na área despertavam o meu interesse pelo assunto. Decidi buscar mais informações sobre o trabalho e passei a assistir a palestras e séries de televisão que aumentavam ainda mais a minha empolgação em ser perita”, disse.

Antes de ingressar na instituição, a perita atuou como farmacêutica responsável em uma indústria de cosméticos do Estado. Já Vinicius estagiou no Aquário de Ubatuba e Universidade Rural de Recife, onde trabalhou com tubarões.

“O trabalho desempenhado pelo cargo é de extrema importância por trazer à tona as verdades que não seriam descobertas sem a atuação de uma perícia qualificada. Atuação essa que impacta reduzindo a impunidade e ajudando na resolução de casos em que a presença pericial é determinante para o desfecho”, afirmou a perita.

Ambos os policiais recomendam àqueles que desejam se tornar Peritos, que devem ser dedicados, zelosos e responsáveis para que haja bom desempenho da função, uma vez que as decisões periciais interferirão em muitas vidas. Segundo eles, trata-se de uma profissão instigante. “O trabalho é honroso, muito gratificante e de grande valia para aqueles que o executam e àqueles que dependem dele”, concluiu Lavínia.

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