A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, concluiu as investigações do homicídio de João Vitor Alves Pereira, de 20 anos, ocorrido no dia 1º de junho deste ano, no bairro Jaburuna, em Vila Velha. Dois suspeitos, de 27 e 31 anos, foram presos em flagrante dois dias após o crime, em uma ação conjunta da PCES com a Ronda Ostensiva Municipal (ROMU) da Guarda Municipal de Vila Velha (GMVV) e a equipe K9 da 17ª Companhia da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES). Durante a operação, foram apreendidas armas de fogo, munições e carregadores.

Os detalhes das investigações foram divulgados em coletiva na tarde dessa quarta-feira (24), na Chefatura de Polícia Civil, em Vitória.  

O adjunto da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, delegado Adriano Fernandes, explicou que a motivação do crime estaria ligada ao tráfico de drogas na região: "A vítima, João Vitor, era integrante da facção criminosa que domina a região. Ele possuía histórico criminal, incluindo mandado de prisão em aberto, por roubo, tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. A motivação está relacionada à disputa entre facções pelo controle do tráfico local", disse.

O subinspetor da Ronda Ostensiva Municipal (ROMU) da Guarda Municipal de Vila Velha (GMVV), o guarda Lucas Silva, detalhou a participação da Guarda Municipal na operação. "Recebemos informações sobre os suspeitos e compartilhamos com o delegado da DHPP. Conseguimos localizar um dos indivíduos em uma residência, que servia como base de apoio. Durante a abordagem, identificamos armas, munições e carregadores de fuzil. Foi um momento intenso, mas fundamental para avançar nas investigações."

O delegado Adriano Fernandes acrescentou que os presos em flagrante foram os principais executores do homicídio. "Com base em informações e imagens de câmeras, conseguimos identificar os autores do crime e prender em flagrante dois deles, conhecidos como GB e Netinho. Eles têm histórico criminal e atuavam em ataques contra membros da facção rival", informou. 

Fernandes também detalhou a atuação dos demais envolvidos. "Identificamos um terceiro indivíduo, Nicolas, que foi morto uma semana depois em outro homicídio, possivelmente em retaliação. Além disso, há um partícipe responsável pela logística e um mandante, chefe do tráfico da 'favelinha do Ibes', atualmente preso no Rio de Janeiro, que ordenava os ataques", contou o delegado.

Sobre a função do foragido, o delegado Adriano Fernandes explicou: "Ele era responsável por transportar armamento e fornecer informações estratégicas sobre a região, mesmo não participando diretamente da execução. A liderança do Luanzinho, mesmo preso, mostrava que os comandos continuam sendo dados de dentro do presídio, no Rio de Janeiro."
 
O delegado detalhou ainda o resultado da investigação: "O inquérito foi finalizado com o indiciamento de cinco indivíduos. Dois deles tiveram prisão preventiva decretada pelo Judiciário, sendo que um encontra-se foragido. Estamos mantendo esforços para localizá-lo, garantindo anonimato para quem fornecer informações."

O subinspetor da ROMU da Guarda Municipal de Vila Velha (GMVV), o guarda Lucas Silva ainda ressaltou a importância da integração das instituições. "Diversas vezes conseguimos solucionar crimes, principalmente homicídios, por meio do compartilhamento de informações entre instituições. Para o município de Vila Velha, essa cooperação é essencial, pois amplia a capacidade de atuação e protege a sociedade de criminosos que atuam em facções rivais", ressaltou.  

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