A equipe da Delegacia Especializada de Crimes de Defraudações e Falsificações (Defa) realizou a operação “Engodo”, nessa sexta-feira (06). Foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva, além de dois mandados de busca e apreensão e sequestro de veículos. G.R.G. de 46 anos e R.F.F. de 38 anos são investigados por aplicarem diversos crimes de estelionato e lavagem de dinheiro na região da Grande Vitória. Os prejuízos às vítimas totalizam quase 500 mil reais.
De acordo com a responsável pelas investigações, delegada Nicolle de Castro Perusia, G.R.G. foi detida no bairro Santa Martha, em Vitória, e o suspeito R.F.F. preso no bairro Parque Residencial Laranjeiras. A investigada se passava por empresária de sucesso e atraía as vítimas com discurso de investimento em seus negócios, com lucro rápido e alto. A suspeita tentou resistir à prisão.
“Ela convidava as pessoas para participarem do suposto negócio, captava o dinheiro e não repassava os lucros, dava respostas vazias ou parava de atendê-las. Então, as vítimas percebiam que haviam caído em um golpe. A Defa tem conhecimento de onze vítimas que sofreram golpes aplicados pela suspeita. O prejuízo foi de cerca de 500 mil reais, somadas todas as pessoas lesadas. Também foram apreendidos oito celulares, quatro veículos e uma moto”, explicou a titular da Defa.
Nicolle de Castro explicou que G.R.G. tem uma loja de calçados e brinquedos, e que a detida utilizava esse estabelecimento como pano de fundo para convencer as pessoas a investirem no estabelecimento dela. A detida dizia que o retorno do dinheiro seria duplicado. As vítimas pensando em empreender acreditavam na história contada pela suspeita.
“Em alguns casos a investigada se passou por advogada utilizando documentos falsos. Ela prometeu levar algumas vítimas para o exterior, para outras a suspeita realizava pagamentos de transações de negócios com cheques sem fundos e não restituía as vítimas. Quando ela era cobrada, a detida dizia para a vítima resolver na Justiça e sumia. Essas pessoas foram procurando a Polícia e o caso chegou ao conhecimento da Defa”, esclareceu à delegada.
Participação do comparsa
Ainda segundo a titular da Defa todas as empresas e veículos estão no nome de R.F.F. “O suspeito atua ocultando esse patrimônio ilícito e emprestando seu nome para os negócios da investigada. Ela utiliza as contas em nome do detido, cheques sem fundo, todos assinados por ele. Em depoimento, o detido permaneceu em silêncio. Nós seguiremos com as investigações para apurar qual era a participação nos lucros e o motivo de tudo estar em nome dele”, acrescentou.
A responsável pelo caso contou que a equipe da Defa recebeu denúncias de que havia produtos falsificados na loja de G.R.G. “Foi pedido para a Justiça um mandado de busca e apreensão para local, o mandado foi cumprido e os materiais foram encaminhados para a perícia. Caso a falsificação seja confirmada ela também responderá por esse crime”, afirmou a delegada.
G.R.G. e R.F.F. foram indiciados por lavagem de dinheiro, estelionato e encaminhados para uma unidade prisional.
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