Governo do Estado do Espírito Santo
01/10/2024 17h16

Adolescente de 14 anos é investigado por posse de material Nazista no Estado

Foto: Yean Lee
chefe do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), delegado Gabriel Monteiro; delegado-geral da PCES (em exercício), José Lopes; chefe da Divisão Patrimonial (DRCCP) e titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), delegado Brenno Andrade e o titular da Delegacia de Segurança Patrimonial (DSP), delegado Gianno Trindade.

A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), investigou um adolescente de 14 anos, denunciado pelo próprio pai por possuir material nazista e neonazista. Durante busca e apreensão, os policiais apreenderam um celular que continha um vasto acervo de conteúdos relacionados ao nazismo, incluindo uma bandeira com a suástica e outros materiais correlatos.

As informações da investigação foram divulgadas em coletiva na última quinta-feira (25), na Chefatura de Polícia Civil.

O chefe da Divisão Patrimonial (DRCCP) e titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), delegado Brenno Andrade, informou que este caso teve início em fevereiro deste ano. O pai registrou um boletim de ocorrência contra o filho, inicialmente na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), e posteriormente o caso foi encaminhado à DRCC.

“O pai narrou que encontrou no celular do seu filho material relacionado ao Nazismo e encontrou duas bandeiras, com a suástica, e que estava preocupado com as atitudes do seu filho. Imediatamente, iniciamos as investigações. Em primeiro momento, como o próprio pai fez a denúncia, fizemos a oitiva desse adolescente. Ele informou que em primeiro momento tinha somente interesse histórico, mas começou a despertar nele a adoração ao nazismo e supremacia quando, na escola, segundo ele, um amigo preto discriminou pessoas brancas. A partir daí ele criou maior interesse na questão racial”, disse o chefe da Divisão Patrimonial (DRCCP) e titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), delegado Brenno Andrade.

Durante depoimento, o adolescente informou que o celular onde estaria todo o material já havia sido vendido pela mãe. A mãe teria tomado essa atitude como forma de o repreender pelas atitudes. Porém, ela deu um novo telefone, no qual, novamente, ele entrou em grupo de mensagens de apologia ao nazismo e admiração a Hitler. A persistência em participar de núcleos de ideologia nazista foi descoberta após o aparelho ser apreendido durante cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa do adolescente.

 "Localizamos na residência dele, outra bandeira com suástica. Ele disse que não planejava ataques, mas sabemos que isso pode ser um gatilho para qualquer momento vir a ter a ideia, até mesmo pelo estímulo dos grupos", destacou o delegado.

Foi indicado à família que encaminhasse o adolescente para tratamento psicológico. O Conselho Tutelar também foi informado sobre o caso e acionou a Vara de Infância e Juventude, sugerindo ato infracional análogo a racismo. “Nesse tipo de situação é muito importante ressaltar que nada adianta fazermos o trabalho e não continuar um acompanhamento. Começamos rapidamente a investigar sabendo a importância desse tipo de situação que pode levar até a ataques a escola. Alguns criminosos que cometeram esse tipo de ação se baseavam em grupos neonazistas", frisou o delegado.


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