A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Superintendência de Polícia Especializada (SPE) e do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), deflagrou no dia 15 de maio, com abrangência nacional, a “Operação Serra Sede”, que resultou na prisão de cinco indivíduos responsáveis por crimes de furto qualificado contra instituições financeiras, cometidos tanto no município da Serra, no Espírito Santo, quanto em outros estados da Federação.
As informações foram divulgadas em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (04), na Chefatura da Polícia Civil, em Vitória.
“É uma organização criminosa especializada em furtos qualificados a agências bancárias. Esse tipo de crime tem como objetivo muitas vezes alimentar outros crimes. O tráfico costuma se alimentar desse tipo de crime para se capitalizar. É uma organização criminosa nacional que veio para o Espírito Santo, mas aqui eles não vão se criar. Aqui a gente investiga e prende todos esses criminosos”, ressaltou o delegado-geral da PCES, José Darcy Arruda.
O crime que deu origem à investigação ocorreu na Serra Sede, em fevereiro deste ano. A apuração inicial foi conduzida pela Delegacia Especializada de Roubo a Bancos (DRB), subordinada ao Deic, com apoio do Cerco Inteligente, da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e do Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (DEPATRI) da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), sendo fundamental o monitoramento e acompanhamento dos suspeitos por essas instituições.
Diligências técnicas permitiram a correta identificação dos veículos utilizados na ação criminosa, bem como a qualificação de parte dos autores. Durante as investigações, foi possível constatar a ocorrência de outras duas tentativas de furto, também em solo capixaba, que não haviam sido devidamente comunicadas às forças de segurança pelas instituições financeiras envolvidas.
“Com o avanço das investigações, a DRB verificou que os autores atuavam de forma habitual, estando envolvidos em diversas ações criminosas entre dezembro de 2024 e maio de 2025, incluindo tentativas e consumação de crimes em outros Estados, cujos autores ainda não haviam sido identificados. As apurações indicaram que se trata da maior organização criminosa especializada em furto qualificado contra agências bancárias em atividade no Brasil”, disse o chefe do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), delegado Gabriel Monteiro.
Laudos periciais comprovaram o alto nível de especialização da quadrilha, que realizava cortes precisos nos cofres das agências sem deixar marcas de hesitação, sem danificar as cédulas armazenadas e sem acionar os dispositivos de segurança, o que levanta a hipótese de que os criminosos tinham conhecimento técnico detalhado, inclusive sobre segredos industriais dos cofres.
Com base na Lei nº 12.850/2013, foi realizada uma ação controlada, caracterizando a segunda fase da investigação, permitindo que os agentes capixabas realizassem as prisões no momento mais estratégico para a investigação. Na ocasião, foram cumpridos diversos mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão, além da apreensão de dispositivos informáticos e ferramentas utilizadas no arrombamento dos cofres.
“A segunda fase da operação foi coordenada pelo Deic com apoio das Polícias Civis de Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. Ainda há pedido de compartilhamento de provas no âmbito judicial, a fim de possibilitar a responsabilização dos criminosos também nos demais Estados afetados pela atuação da organização”, afirmou o delegado.
Foram presos três suspeitos, de 39 anos, e dois, de 34 e 35 anos. Todos os detidos têm extensa ficha criminal, incluindo crimes de furto, roubo (inclusive a bancos), tráfico de drogas e associação criminosa.
Alguns deles foram presos portando documentos falsos, situação que já havia sido identificada ao longo da investigação. Os suspeitos vão responder por furto qualificado, organização criminosa e, posteriormente, lavagem de dinheiro.
Os cinco foram colocados à disposição da Justiça e as investigações continuam em andamento, sob coordenação do Deic.
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