Governo do Estado do Espírito Santo
05/06/2025 14h16 - Atualizado em 05/06/2025 14h41

DHPP Serra conclui inquérito que apurou morte de jovem em Praia de Carapebus

A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, concluiu o inquérito policial que apurou a morte de Victor Hugo da Silva Nascimento, de 25 anos, ocorrida no dia 11 de fevereiro, no bairro Praia de Carapebus, na Serra.

Os detalhes foram divulgados em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (05), na Chefatura de Polícia Civil, em Vitória.

No dia seguinte ao crime, o investigado, de 52 anos, se apresentou espontaneamente à delegacia, acompanhado de sua advogada. Na ocasião, entregou a arma de fogo utilizada no crime: um revólver calibre .38.

“Durante o interrogatório, ele relatou que sua filha mantinha um relacionamento conturbado com a vítima, Victor Hugo. Segundo ele, já havia ajudado o casal diversas vezes, inclusive quando a filha obteve uma medida protetiva contra Victor Hugo. Alegou ainda que o próprio Victor Hugo o havia ameaçado de morte um ano antes, o que consta em boletim de ocorrência registrado na época”, disse o chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, delegado Rodrigo Sandi Mori.

Durante depoimento, o investigado afirmou que estava em seu local de trabalho quando recebeu uma ligação da vítima, dizendo que iria até a casa onde sua filha residia para matá-la. Diante da ameaça, ele teria acionado a Polícia Militar (do Espírito Santo - PMES), pegado uma arma de fogo e se dirigido ao local com o objetivo de proteger sua filha e seus dois netos — uma criança de quatro anos e um bebê de apenas seis meses.

“Ele afirmou que, ao chegar à residência, encontrou Victor Hugo alterado, tentando forçar o portão para entrar. Disse ainda que tentou intervir, momento em que a vítima teria simulado estar armado ao colocar a mão por baixo da camisa e avançado contra ele. Diante disso, o investigado declarou que sacou a arma e efetuou os disparos que resultaram na morte da vítima”, explicou o delegado Rodrigo Sandi Mori.

No entanto, a versão apresentada pelo investigado não foi corroborada por duas testemunhas presenciais e idôneas.

“Ambas afirmaram que Victor Hugo chegou ao local poucos minutos antes do crime e que tentou, sem sucesso, chamar a esposa para que abrisse o portão. As testemunhas foram unânimes em afirmar que a vítima não tentou forçar a entrada da residência. Sobre os disparos, as testemunhas relataram que o investigado chegou em alta velocidade com seu veículo, realizou uma frenagem brusca, desembarcou com a arma já em mãos e atirou contra Victor Hugo, que se encontrava agachado, sem camisa e desarmado. Atingido pelo primeiro disparo, Victor Hugo tentou fugir atravessando a rua e tentando escalar o muro de uma residência, mas caiu na calçada. Nesse momento, segundo os relatos, o investigado se aproximou e efetuou mais quatro disparos, mesmo com a vítima já caída e sem possibilidade de defesa”, esclareceu Sandi Mori.

A perícia da Polícia Científica do Espírito Santo (PCIES) constatou que Victor Hugo foi atingido por quatro tiros: um no antebraço (indicando tentativa de defesa), dois no tórax e um no quadril.

Diante dos fatos, o investigado foi indiciado por homicídio qualificado, em razão da impossibilidade de defesa da vítima, e também por porte ilegal de arma de fogo, uma vez que não tinha registro, posse ou porte da arma utilizada.

Ele responderá ao processo em liberdade, pois se apresentou voluntariamente à polícia, entregou a arma, tem bons antecedentes, exerce atividade lícita e tem residência fixa. A denúncia foi recebida pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) e o investigado é réu em ação penal.

 

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