A Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra prendeu o homem que executou o catador de material reciclado André Luiz de Melo Tomaz, de 31 anos. O crime aconteceu na madrugada do dia 27 de abril, em frente à pracinha do setor Ásia, no bairro Cidade Continental, na Serra. O detido já é réu no processo referente ao homicídio.
A prisão foi realizada no dia 28 de maio, no bairro onde ocorreu o crime, pela equipe da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra. Os detalhes da prisão e das investigações foram apresentados em coletiva de imprensa realizada, na tarde dessa quinta-feira (1º), no auditório da Chefatura de Polícia Civil, em Vitória.
“A DHPP Serra rapidamente elucidou este caso e prendeu o executor deste crime, com uma motivação tão insignificante. A Polícia Civil não vai compactuar com a impunidade. Que esse homem pague nas barras da Justiça o crime que ele cometeu, deixando uma família com filhos desamparados”, disse o delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda.
O delegado adjunto da DHPP da Serra, Daniel Fortes, explicou que o catador de recicláveis não tinha envolvimento com o tráfico, porém era usuário de drogas e a motivação da execução seria uma dívida que ele teria feito, referente a duas pedras.
“No dia do crime, por volta das 2 horas da manhã, ele retornava do trabalho no bairro Novo Horizonte em direção à casa dele, no bairro Loteamento de Lagoa de Carapebus, com os reciclados que no dia seguinte venderia. Inclusive essa parte é a que mais choca. Este material era utilizado para sustentar a família, sua esposa e cinco filhos, um deles recém-nascido”, disse Fortes.
De acordo com o delegado, o executor era um homem do baixo escalão do tráfico da região, conhecido como ‘vapor’, que viu no ato a chance de ganhar prestígio junto aos demais traficantes da localidade. "Ele estava passando pelo bairro Cidade Continental, no setor Ásia, quando foi abordado por um traficante da área. Segundo uma testemunha, este traficante cobrou um valor pequeno de venda de droga e o liberou. Na hora que a vítima saiu, o traficante foi atrás dele e, com frieza, apontou a arma e efetua um disparo na cabeça. Quando ele cai, efetuou mais dois disparos na região do tronco da vítima", relatou.
Porém, em interrogatório, após ser preso, o traficante nega as versões do crime, mas confessa que matou o catador de recicláveis. "Em interrogatório, o traficante confirma que foi o autor da execução, mas não fala que foi em relação à dívida de drogas. Como os dois bairros têm uma constante disputa, ele alega que matou a vítima, pois ele estaria levando informações de Cidade Continental para traficantes do bairro Loteamento. Mas a testemunha ocular afirma que a cobrança foi de uma dívida de droga em pouca quantia”, contou.
Texto: Olga Samara
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