Governo do Estado do Espírito Santo
10/07/2024 15h22 - Atualizado em 10/07/2024 15h25

DPCA prende homem suspeito de agredir a enteada na Serra

Foto: Matheus Foletto

A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), prendeu um homem suspeito de agredir a enteada de 01 ano e 04 meses. O caso ocorreu no dia 13 de junho deste ano no bairro Nova Almeida, na Serra. O indivíduo foi preso por força de um mandado de prisão preventiva e a mãe da criança também foi indiciada no curso do inquérito policial.

“Realizamos uma prisão importante, um bebê de 01 ano e 4 meses estava sendo agredido pelo padrasto, chegando quase à morte. A DPCA também investigou e indiciou a mãe da criança. Aproveito para parabenizar o excelente trabalho dos delegados da DPCA”, salientou o delegado-geral da Polícia Civil (PCES), José Darcy Arruda.

No dia 14 de junho, a DPCA recebeu uma notificação do Hospital Infantil de Vitória, informando que um bebê teria dado entrada com sinais de agressão. Em seguida, a DPCA também foi notificada pelo Conselho Tutelar do município de Serra.

A equipe policial se deslocou até o hospital, onde localizou a criança em coma e respirando com ajuda de aparelhos. O bebê também tinha múltiplas fraturas na cabeça e mais de dez lesões espalhadas pelo corpo.

Segundo a titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), delegada Thais Cruz, no dia do crime, o padrasto teria ficado responsável por cuidar do bebê enquanto a mãe estava no trabalho. “O primo do agressor foi até a residência da vítima, pois havia combinado de assistir a um jogo de futebol com o padrasto. Já na casa, o primo encontrou a criança sem ar e o padrasto alegou que o bebê havia engasgado com o leite da mamadeira”, relatou a delegada Thais Cruz.

Com o objetivo de salvar a criança, o primo saiu na rua para pedir ajuda, quando avistou uma viatura da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES) e solicitou auxílio. Neste momento, o bebê teve a primeira parada cardiorrespiratória, mas os militares conseguiram auxiliar nos primeiros socorros e realizaram o encaminhamento do bebê para o hospital.

Já no hospital, a mãe da criança foi avisada sobre o estado de saúde do bebê. No sábado (15), a avó materna procurou a delegacia e confirmou que a criança tinha sido agredida pelo padrasto.

De acordo com a investigação, a primeira versão contada pelo padrasto era de que o bebê teria engasgado, a segunda versão é de que estava brincando de ‘lutinha’ com a criança e por fim informou que o bebê teria caído de uma cama box.

“Segundo os relatórios médicos, as fraturas e lesões eram incompatíveis com a queda de uma cama. Os laudos do Departamento Médico Legal (DML), também informaram que o bebê tinha lesões antigas, um sinal de que essa criança estava sendo agredida de forma constante há pelo menos uma semana. Nos laudos foi descartado sinais de abuso sexual”, explicou a delegada Thais Cruz

“Em depoimento, a genitora informou que fazia cerca de um mês que o padrasto estava cuidando da criança, que antes eram babás que auxiliavam. Segundo as antigas babás, a mãe da criança nunca tinha agredido o bebê”, relatou a delegada.

Ainda de acordo com as investigações, no dia 22 de maio, o bebê deu entrada em um hospital com uma pancada na cabeça e na perna. Na época, o padrasto afirmou que a criança teria caído. A criança recebeu alta na segunda-feira (08).

O inquérito policial foi concluído e indiciou o padrasto por tentativa de homicídio e tortura. Ele segue preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) da Serra. A mãe foi indiciada pelo crime de tortura por omissão e responde em liberdade.

 

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