Já conhecido e esperado por muitos brasileiros, o “Black Friday” – movimento em que os lojistas oferecem grandes descontos – pode esconder alguns riscos para os consumidores. Por isso, a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes Eletrônicos (DRCE) e da Delegacia do Consumidor (Decon), listou algumas dicas para os compradores se protegerem contra possíveis golpes durante as compras na próxima sexta-feira (24).
A titular da DRCE, delegada Claudia Dematté, acredita que as facilidades de variedade de ofertas, a possibilidade de pesquisa rápida de preço e o acesso a uma variedade de produtos fizeram com que aumentasse o número de pessoas que realizam compras por meio da internet, e isso tem chamado a atenção de criminosos. “Se certos cuidados não forem tomados, o uso do comércio eletrônico pode se transformar em um problema para o consumidor, tendo em vista que pode aumentar o número de crimes cometidos por estelionatários que usam o comércio eletrônico para aplicar golpes”, alerta.
Segundo a delegada, é preciso seguir alguns cuidados básicos para a realização de compras on-line. “Por isso, muitos são os casos registrados diariamente na nossa unidade. São pessoas que foram vítimas de estelionatários quando da realização de compras por meio da internet”, informou.
Para os casos de compras em lojas físicas, o titular da Delegacia do Consumidor, delegado Gabriel Monteiro, também dá alguns conselhos para o consumidor se proteger durante as compras realizadas no “Black Friday”. “Assim como nas compras pela internet, o comprador também deve verificar a reputação da loja física em que pretende fazer sua compra”, afirmou.
Outra orientação que ele dá é pesquisar o preço que o produto era comercializado antes do “Black Friday” para saber se, de fato, o produto está em promoção. “Durante esta semana, muitos lojistas aumentam o preço do produto e, em cima dele, oferecem o desconto. Porém, o valor final acaba sendo o mesmo de antes do Black Friday. Essa prática induz o consumidor a acreditar que o preço está mais baixo em razão do movimento, porém isso não reflete a realidade”, alertou.
Além disso, Gabriel Monteiro orienta o consumidor a sempre pedir a nota fiscal do produto. “Essa prática contribui para evitar a compra de produtos falsificados ou de procedência duvidosa. Além disso, a nota fiscal também ajuda a fazer a troca da mercadoria junto ao vendedor. Vale lembrar que, o comerciante só é obrigado a fazer a troca do produto quando esse apresentar algum defeito. As demais trocas efetuadas no comércio são furto de acordo informal praticado no comércio há anos. Nos casos de compras online o prazo para troca é de sete dias, a partir do recebimento do produto”, disse.
Mas, se mesmo adotando todos os cuidados, o consumidor for vítima de algum tipo de crime, os delegados orientam a procurar a Delegacia para fazer o registro da ocorrência. “Somente dessa forma, a Polícia Civil vai iniciar as investigações para que estes estelionatários, que se aproveitam desses momentos para cometer crimes, sejam devidamente investigados e punidos. A pena para quem comete o crime de estelionato é de reclusão de um a cinco anos e multa”, informou Cláudia Dematté.
Cuidados que devem ser tomados na hora de fazer as compras:
Black Friday
Realizado no Brasil desde 2011, o “Black Friday” acontece sempre na última sexta-feira do mês de novembro. Em suas primeiras edições, o evento era, exclusivamente, voltado para vendas realizadas pela internet. Ao longo dos anos, lojas físicas também aderiram ao movimento, que atualmente abrange até os pequenos lojistas. No ano passado o número de vendas alcançou a marca de R$ 1,9 bilhão no país.
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