Governo do Estado do Espírito Santo
20/03/2025 16h44

PCES conclui investigação sobre crime de maus-tratos a cachorro esfaqueado na Serra e indiciará suspeito

A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia Especializada de Proteção ao Meio Ambiente (DEPMA), concluiu, nesta quinta-feira (20), a investigação sobre o crime ocorrido no último sábado (15), no bairro Valparaíso, na Serra, envolvendo um cachorro comunitário, em situação de rua, que foi esfaqueado até a morte. O suspeito do crime, de 35 anos, foi identificado e será indiciado.

O caso teve início após uma denúncia feita por uma vereadora da cidade da Serra, que relatou ter sido informada, no domingo (16), sobre o assassinato do cachorro comunitário 'Negão', que era alimentado diariamente por moradores locais. A vereadora se dirigiu até o local do crime e obteve o relato de uma testemunha, que presenciou a agressão.

A testemunha explicou que, por volta de duas horas da madrugada, estava sentado em uma calçada quando o suspeito se aproximou de bicicleta, desceu e desferiu uma facada no cachorro até atingir o cabo da faca. O animal saiu chorando e sangrando até morrer. A testemunha tentou socorrer o cachorro, mas não conseguiu deter o suspeito, principalmente porque havia outro cachorro no local que fugiu assustado. Rastros de sangue do animal foram encontrados no local do crime.

A vereadora acionou a Guarda Civil Municipal (GCM) da Serra, que compareceu ao local e iniciou diligências para localizar o suspeito, porém ele não foi encontrado. A Delegacia Especializada de Proteção ao Meio Ambiente (DEPMA) analisou imagens das câmeras de monitoramento da Prefeitura da Serra e de estabelecimentos comerciais locais, o que ajudou a confirmar a autoria e a materialidade do crime.

O delegado Leandro Piquet, adjunto da DEPMA, ressaltou a importância da colaboração de todos os envolvidos, incluindo uma defensora da causa animal, que ajudou no processo de identificação da testemunha e no acesso às imagens. "Foi um trabalho importante e com a colaboração de todos conseguimos avançar rapidamente, superando dificuldades", explicou o delegado.


O suspeito de 35 anos será indiciado por maus-tratos a animais. Por envolver cães ou gatos, a pena é de 2 a 5 anos de reclusão, multa e proibição da guarda, conforme a Lei nº 14.064/2020. Como o animal morreu, a pena aumenta de um sexto a um terço. Com a autoria confirmada, o inquérito foi concluído e será enviado ao Judiciário.  


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