A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Superintendência de Inteligência e Ações Estratégicas (SIAE), da Divisão de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Dicoor) e da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme), deflagrou, no final de outubro, uma operação contra uma organização criminosa responsável por aplicar o golpe do “falso advogado”.
A ação ocorreu no estado do Ceará e cumpriu um mandado de prisão contra um homem de 25 anos. Também foram executados mandados de busca e apreensão contra outros investigados. Todas as ordens judiciais foram cumpridas no município de Maracanaú. A operação contou com apoio do Centro de Inteligência e Análise Telemática (Ciat) e da Polícia Civil do Ceará (PCCE).
Os detalhes foram apresentados em coletiva de imprensa nessa terça-feira (09), na Chefatura da Polícia Civil, em Vitória. O delegado-geral da PCES, José Darcy Arruda, destacou a importância da ação integrada com a PCCE e fez um alerta à população.
“Quando receber alguma informação sobre valores a receber em uma ação judicial, entre em contato com o seu advogado. Não se deixe levar por essas facilidades”, ressaltou.
De acordo com o titular da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme), delegado Guilherme Eugênio Rodrigues, os integrantes do grupo criminoso realizavam pesquisas em bases de dados do Poder Judiciário, identificavam pessoas que tinham valores a receber e descobriam quem eram os advogados responsáveis pelos processos.
Em seguida, os suspeitos se passavam pelos advogados, enviavam comunicados falsos às vítimas e condicionavam o suposto recebimento do dinheiro ao pagamento antecipado de taxas e custos.
“O indivíduo convence a vítima de que, para receber o valor ao qual ela tem direito, é necessário realizar um pagamento antecipado”, explicou o delegado.
Os valores cobrados inicialmente variavam entre R$ 1.000 e R$ 3.000. Caso a vítima efetuasse o pagamento, novas exigências eram feitas. Uma das vítimas chegou a perder mais de R$ 100 mil para a quadrilha. Na maior parte dos casos, porém, as pessoas procuravam a delegacia após prejuízos de até R$ 5 mil.
“Para tornar a fraude mais convincente, os criminosos criavam perfis falsos usando a foto dos verdadeiros advogados e alegavam ter mudado o número de contato. Durante as diligências, foram identificados os equipamentos utilizados na prática do crime e seus proprietários. As investigações revelaram ainda que a organização tinha alcance nacional e utilizava um ‘núcleo’ estruturado por um criminoso mais experiente, responsável por desenvolver o método do golpe e vendê-lo mediante comissão para quem quisesse aplicá-lo”, explicou o delegado Guilherme Eugênio Rodrigues.
Os envolvidos já foram denunciados pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) e são réus em ação penal. Um deles, de 25 anos, está preso. Outro homem, de 21 anos, encontra-se foragido e duas mulheres, 19 e 25 anos, respondem em liberdade.
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