Governo do Estado do Espírito Santo
06/10/2021 13h32 - Atualizado em 06/10/2021 13h37

PCES, PMES e Idaf realizaram operação em Conceição da Barra e apreendem seis toneladas de carvão clandestino

A Delegacia de Polícia de Conceição da Barra, em ação conjunta com o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) e o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), realizou, nessa terça-feira (05), uma ação coordenada pela Superintendência de Polícia Regional Norte (SPRN) de combate à fabricação e distribuição de carvão clandestino, que tem ligação direta com as queimadas criminosas de eucalipto na região norte do Estado.  Durante a ação, 3.000 sacos de carvão, totalizando seis toneladas, foram apreendidos e o dono da fábrica foi notificado.

As equipes realizaram diversas diligências na zona rural de Conceição da Barra, onde localizaram uma fábrica que continha 18 fornos não industriais de carvão, além de uma grande quantidade desse produto já empacotado. Um homem de 47 anos, se apresentou como sendo o proprietário do empreendimento, mas admitiu que não tinha licença para realizar a atividade.

Durante as buscas, foram encontrados 3.000 sacos de carvão vegetal, totalizando seis toneladas. Esse carvão clandestino é o principal causador de incêndios que acontecem na região norte do Estado. É o que ressalta o titular da Delegacia de Polícia de Conceição da Barra, delegado Alysson Pereira.

“Parte desse carvão recebido por essas carvoarias vem das comunidades de Conceição da Barra. Os indivíduos provocam o incêndio em uma área de eucalipto de uma empresa privada e, após cessar o fogo, os funcionários dessa empresa vão ao local, retiram a parte ‘boa’ do eucalipto, e doam a parte de baixo para essas comunidades. Quando recebem o material, as comunidades fabricam a matéria-prima do carvão e vendem para as carvoarias, criando um ciclo financeiro fomentado pelo incêndio criminoso”, destaca.

Segundo o subcomandante da Polícia Militar Ambiental, major Luck, a operação teve o objetivo de combater os receptadores de madeira, nativa e plantada, proveniente de furto.

“Foram fiscalizados quatro pontos, sendo que um não tinha licenciamento ambiental. Continuaremos esse trabalho integrado e para combater esse tipo de crime, disse o oficial.

Os agentes do Idaf confeccionaram um termo de notificação e os agentes da Polícia Civil, elaboraram um termo circunstanciado (TC) por crime ambiental. O suspeito foi liberado após assumir o compromisso de comparecer em juízo. As investigações sobre o caso continuam para identificar e localizar outras pessoas que estejam relacionadas a essa prática criminosa, inclusive no incêndio.

Texto: Matheus Zardini  e Priscila Barcelos

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