A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Superintendência de Inteligência e Ações Estratégicas (SIAE), da Divisão de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Diccor) e da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), deflagrou, na última sexta-feira (04), a 3ª fase da Operação ‘Falsárius’, com o objetivo de coibir fraudes contra a Administração Pública. Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão nos municípios de Vitória e Serra.
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos no bairro Praia do Suá, em Vitória, e nos bairros Chácara Parreiral, Eldorado, Planície da Serra e Porto Novo, no município da Serra. A operação ‘Falsárius’ visa combater a prática fraudulenta de pessoas que apresentam documentos falsificados, como laudos psiquiátricos, certificados de cursos, diplomas de graduação, exames laboratoriais e toxicológicos adulterados, em processos seletivos para contratação de servidores, recadastramento de taxistas e licenças para tratamento de saúde.
Durante as buscas, foram apreendidos aparelhos celulares e diversos documentos.
Segundo o titular da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), delegado Douglas Vieira, a Operação tem como objetivo desmantelar o que chamou de a "indústria" de documentação falsa apresentada à Administração Pública e identificar os falsificadores e intermediários. “Durante as três fases da Operação ‘Falsárius’ conseguimos apreender tabelas de preços com oferta desse tipo de serviço, com valores de R$ 200,00 a R$ 2.500,00, bem como diplomas, laudos e exames médicos adulterados e falsificados. Haverá novos desdobramentos e fases da operação”, afirmou o delegado.
Falsárius
O nome da operação deriva do latim "Falsarius", que significa falsários ou enganadores, aqueles que falsificam.
A primeira fase da Operação Falsárius foi realizada em 17 de outubro de 2023, quando foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão na Grande Vitória. Até o momento, a operação já cumpriu 21 mandados de busca e apreensão, resultando na apreensão de 16 celulares e diversos documentos, diplomas, laudos e exames médicos adulterados e falsificados.
As fraudes envolvem processos seletivos para contratação de servidores, nos quais candidatos apresentaram documentação falsificada para aumentar suas pontuações, prejudicando outros candidatos e assumindo cargos de forma ilícita. Entre os documentos falsificados estão diplomas de graduação, certificados de cursos, certidões eleitorais, exames laboratoriais e declarações de tempo de serviço.
Além disso, foram identificados atestados médicos falsos, utilizados para justificar ausências de servidores, resultando em graves prejuízos para a administração pública e a população. As doenças mais frequentemente alegadas nesses atestados falsos incluem dores de cabeça, gastroenterite, dengue, viroses, dores nas costas, estresse e depressão. Também foram detectados atestados psiquiátricos falsos usados para o recadastramento de taxistas.
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