chefe papoderesponsa 24 06 001 Cerca de 80 alunos foram recebidos pelo chefe de Polícia, delegado Joel Lyrio, na manhã desta terça-feira (24), no auditório da chefatura de Polícia, em Vitória. A visita faz parte de uma das etapas do projeto “Papo de Responsa”.

Em seu discurso de boas vindas, o chefe de Polícia ressaltou a importância do projeto na conscientização dos jovens em mostrar o lado social da Polícia Civil. “O Papo de Responsa tem como um das finalidades apresentar o que nós estamos fazendo e mostrar para vocês um lado da Polícia que talvez vocês não consigam enxergar”, enfatizou Joel Lyrio.

Durante a ação, os alunos do 1º ano do ensino médio do SESI de Laranjeiras visitaram os Departamentos de Identificação, de Criminalística e de Medicina legal e participaram de uma palestra ministrada pela perita bioquímica toxicologista, Josidéia Mendonça. “É de suma importância que os alunos conheçam o nosso trabalho e que criem afinidades com a área para que, quem sabe um dia, trabalhem com isso”, disse a perita que explicou que o objetivo da palestra foi aproximar os estudantes ao trabalho da Polícia Técnico-Científica da Polícia Civil.

Depois da palestra, os estudantes visitaram o laboratório de Papiloscopia e o de Química Legal do Departamento de Criminalística e Toxicologia do Departamento Médico Legal (DML). Os alunos também tiveram a oportunidade de conhecer como é feito um retrato falado no Departamento de Identificação e saber mais sobre a tecnologia do Sistema de Impressão Digital- Afis Criminal.

De acordo com um dos integrantes do projeto, o investigador Rogério Rangel, a etapa que os alunos estão participando é intitulada “Papo no Chão”. “Na próxima etapa acontecerá o papo com a família dos estudantes, na qual saberemos qual a percepção dos pais e como os adolescentes reagiram diante das novas informações”, finalizou a investigadora Danielle Leonel, integrante do projeto “Papo de Responsa”.

Também estiveram presentes as professoras do SESI, Rosana de Castro e Jackeline de Abreu Simões Maia e os integrantes do “Papo de Responsa”, os investigadores Alessandro Da Victoria e Anderson Gonçalves.

Projeto

O Papo de Responsa é um programa de educação não formal, executado pela Polícia Civil do Espírito Santo, baseado nas experiências e ações desenvolvidas durante a execução do mesmo programa pela Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro. Por meio da palavra e com atividades lúdicas, o Papo de Responsa visa coibir a violência. Para isso, a polícia estará presente no dia a dia das crianças, aproximando os policiais da comunidade em torno da escola.

As atividades começam a partir do convite feito pela escola interessada em participar do Papo de Responsa. O programa é desenvolvido em três momentos diferentes: Papo de Responsa, Um papo é um papo e Papo no Chão.chefe papoderesponsa 24 06 002

A primeira etapa, que leva o nome do projeto, é uma conversa entre policiais e alunos a qual tem como foco discutir sobre o tema escolhido junto à direção ou orientação pedagógica. Na maioria das vezes, são temas relacionados com a realidade educacional.

Em um intervalo de 45 dias, os alunos, sob a orientação dos professores, desenvolvem a criatividade e produzem materiais como textos, músicas, poesias, vídeos e colagens de fotos, mostrando a percepção deles sobre a problemática abordada.

Na segunda fase é “Um Papo é um Papo”, os jovens se tornam os protagonistas. Eles emitem suas opiniões sobre o tema abordado no primeiro encontro e escolhem algumas questões para serem aprofundadas. Nesta etapa, os policiais atuam como mediadores e são responsáveis pelo aprofundamento das questões levantadas pelos alunos.

Um mês após, os policiais retornam à escola e desenvolvem a última fase do projeto, intitulada de “Papo no Chão”, na qual os alunos e os policiais civis formam uma roda de conversa no chão da Academia de Polícia (Acadepol) e trocam ideias relacionadas a questões direcionadas sempre no tema proposto pela instituição.
Em seguida, acontece o papo com a família dos alunos onde os policiais ouvem a percepção dos pais e também como os adolescentes reagiram diante das novas informações.

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