A Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam) de Vitória registrou, somente nesta segunda-feira (27), quinze boletins de ocorrência por violência doméstica e familiar. Dois homens foram presos e oito medidas protetivas de urgência foram solicitadas pelas vítimas.
A titular da Deam de Vitória, delegada Claudia Dematté, ressaltou que a maioria das ocorrências registradas aconteceu nas festas de Natal, onde os agressores ingeriram bebidas alcoólicas em excesso. “Infelizmente a violência doméstica, que é fruto da cultura machista, é potencializada pelo uso de álcool e drogas por parte dos agressores, fatos que aumentam com a chegada das festas de fim de ano”, disse a delegada.
Um dos detidos foi AG.F., 43 anos, no bairro Jardim da Penha. A vítima de 25 anos, que é enteada do homem, já havia registrado no mês de novembro um boletim de ocorrência contra o padrasto por ameaça. Na época, a Justiça determinou que o padrasto se afastasse do lar, além de proibir o homem de se aproximar e manter contato com a vítima. Mesmo sabendo da determinação judicial, A.G.F. procurou a enteada e a ameaçou. A vítima pediu ajuda a policiais militares, que conduziram o agressor à Delegacia.
“Com o suspeito foram encontradas duas munições de calibre 32, cinco munições de calibre 22 e uma munição de fuzil”, ressaltou a delegada. A.G.F. foi autuado em flagrante por ameaça resultante de violência doméstica e familiar, desobediência e por posse ilegal de munições.
O segundo a ser preso foi A.C.N., 34 anos, acusado de agredir e ameaçar a companheira de 29 anos, no bairro São Pedro III. De acordo com o relato da vítima o homem começou a agredi-la na noite de Natal, após ingerir bebida alcoólica e fazer uso de substâncias entorpecentes.
“O agressor chegou a jogar contra a vítima uma panela de pressão e um guarda-roupas”, explicou a delegada.
Os vizinhos do casal escutaram a confusão e chamaram a Polícia Militar, que encaminhou o suspeito à Delegacia. A.C.N. foi autuado em flagrante pelos crimes de lesão corporal qualificado pela violência doméstica e familiar e ameaça, além da contravenção penal de perturbação da tranquilidade.
A delegada Claudia Dematté enfatizou que apesar do aumento no número de ocorrências registradas, percebe-se que as mulheres estão mais encorajadas a denunciar seus agressores. “As mulheres não aceitam mais serem vítimas de nenhum tipo de violência. É um resultado positivo após a publicação da Lei Maria da Penha, que criou mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, além de punir de forma mais rigorosa os agressores”, finalizou a delegada.
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