Um estagiário da Polícia Civil foi preso acusado de furtar seis celulares da Superintendência de Polícia Técnico-Científico (SPTC). O jovem ainda é investigado por roubar drogas do laboratório químico e uma máquina fotográfica. O caso foi apresentado nesta quarta-feira (08).

De acordo com o superintendente da SPTC, delegado Danilo Bahiense, os roubos vinham acontecendo desde agosto de 2009.Thony Lucas Souza da Silva, 18 anos, era estagiário do laboratório químico que, na época, ficava no Departamento Médico Legal (DML). Neste setor, o jovem furtou 48 pequenas amostras de cocaína, crack e maconha. “O caso foi investigado pela Corregedoria de Polícia Civil. O garoto chegou a ser revistado, mas nada foi encontrado e comprovado”, relatou o delegado.

Posteriormente, Thony foi transferido para setor administrativo de perícia da SPTC. Em agosto deste ano, uma máquina fotográfica foi furtada da administração. O caso também foi investigado pela Corregedoria, mas nada foi comprovado contra o jovem. Por problemas disciplinares, Thony foi transferido para o Divisão de Transporte e Manutenção (DTM).

Foi a partir do desaparecimento de aparelhos celulares que a polícia descobriu o envolvimento do jovem nos roubos. Segundo o superintendente, na última sexta-feira (03), um celular foi localizado, por meio de rastreamento, com um homem, que relatou ter comprado o aparelho por R$ 80,00 de Thony. “No mesmo dia, ele prestou depoimento e negou todas acusações. Na manhã do dia 04, descobrimos o furto de mais dois celulares”, contou.

Um dos telefones foi encontrado na lixeira do DML. O delegado relatou que o jovem roubou o celular - que faz parte de inquéritos policiais e investigação de crimes - junto com ofício, e escondeu dentro da roupa íntima, porém quando notou que o aparelho não funcionava, jogou dentro da lixeira.

Na sexta-feira(04), Thony foi preso por um mandado de prisão preventiva. No sábado (05), a mãe do jovem entregou ao delegado dois celulares encontrados dentro do guarda-roupa do filho. Thony foi autuado por furto, mas poderá responder também por peculato, crime praticado contra a administração pública.

“O garoto não tinha passagem pela polícia e possuía uma família de bem. É lamentável essa situação, porque acaba denegrindo a imagem de outros estagiários que trabalham certo”, concluiu o superintendente.

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