O serralheiro M.N.R., 39 anos, suspeito de ter matado sua esposa Cilene Viana Pereira, no dia 11 de outubro do ano passado, em Vila Velha, também responderá pelo crime de estupro de vulnerável. A informação é do delegado adjunto da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), delegado Erico de Almeida Mangaravite.

M. foi detido no último dia 14, por policiais civis da Delegacia de Segurança Patrimonial (DSP), em cumprimento a um mandado de prisão temporária pelo crime de homicídio. De acordo com o delegado adjunto da DPCA, no decorrer das investigações do homicídio, os policiais descobriram que o suspeito matou sua esposa com o objetivo de ocultar outro crime que havia cometido.

“Foram ouvidas duas testemunhas, que revelaram que, antes do homicídio, o suspeito confidenciou a uma delas que Cilene sabia de um segredo dele, e que se ela contasse para alguém ele seria preso, pois era uma coisa muito feia. Tendo o suspeito em outra ocasião, revelado que há dois anos a vítima havia brigado com ele, pois o teria visto mexendo com uma criança de nove anos”, informou o delegado. Erico de Almeida ressaltou também que outro fato descoberto durante as investigações foi uma conversa, mantida naquele mesmo período, entre Cilene e uma das testemunhas, onde ela disse que havia surpreendido o marido fazendo umas brincadeiras estranhas com duas crianças.

“Nós ouvimos as duas crianças e constatamos que o suspeito praticou uma série de atos libidinosos. Ele atraía as vítimas até o seu quarto, enquanto estava sozinho em casa. Lá, as despia e em seguida acariciava o corpo das vítimas. Tendo também obrigado as crianças a praticarem sexo oral com ele. Os depoimentos são ricos em detalhes e extremamente chocantes”, afirmou Erico de Almeida.

O delegado informou ainda que durante o interrogatório, M. reconheceu que cometeu os crimes e que os havia confessado para Cilene. “Durante o depoimento o suspeito informou ainda que em certa ocasião a vítima havia chegado em casa inesperadamente, e o surpreendeu em atitude suspeita”, disse o adjunto.

Além de responder pelo crime de homicídio, cuja investigação está a cargo da DSP, M.N.R. também será indiciado pela DPCA pelo crime de estupro de vulnerável, cometido contra duas vítimas. “Nesse caso, as penas poderão chegar até 45 anos de reclusão”, explicou Erico de Almeida.

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