Governo do Estado do Espírito Santo
02/03/2016 13h46 - Atualizado em 04/06/2019 18h53

“Papo de Responsa” vira tema de dissertação em curso sobre Segurança Pública

papo responsa papo responsa As atividades realizadas pelos policiais civis no projeto social “Papo de Responsa”, desenvolvido pela Polícia Civil, foram tema da dissertação de apresentada e aprovada, na última sexta-feira (26), na Universidade Vila Velha (UVV).

Com o tema “Juventude, violência e prevenção: uma avaliação sobre projetos de prevenção como possíveis ferramentas na diminuição da violência”, o autor da tese, o agente de polícia Klaus Sarmento Faria, que é graduado em Direito e em Ciências Contábeis, pós-graduado em Ciências Penais e que atua no Grupo de Operações Táticas (GOT) da Polícia Civil, apresentou seu trabalho para o programa de pós-graduação em Segurança Pública. “Sempre acreditei em políticas de prevenção da violência. Como eu já conhecia o Papo de Responsa e, já sabendo que um dos pilares do projeto é a prevenção, resolvi verificar quais eram os impactos do programa depois que ele era realizado nas escolas. Os resultados são fantásticos”, relatou.


Durante seis meses, o policial acompanhou as atividades do projeto, visitou escolas, entrevistou alunos e professores contemplados com as ações e também os policiais que participam do projeto. Entre as 16 unidades de ensino visitadas no ano passado pela equipe do Papo de Responsa, Klaus escolheu acompanhar de perto as atividades desenvolvidas em três delas: Escola Municipal Macionília Maurício Bueno, localizada na Ilha das Flores, em Vila Velha; Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Silvio Rocio, em São Torquato, também em Vila Velha e a Escola Estadual de Ensino Médio Arnulpho Mattos, em Vitória.


“Em todas as escolas, a temática central trabalhada pela equipe foi o uso de drogas, a influência do tráfico de drogas e o bullying”, destacou a investigadora Danielle Leonel, que faz parte da equipe do Papo de Responsa.


Para realizar a pesquisa, Klaus distribuiu questionários para cerca de 60 alunos e seis professores. “Os dados revelaram que uma das maiores causas de evasão escolar é o bullying. E os policiais civis que atuam no projeto conseguem tratar de assuntos como esse de modo muito eficaz. Eu acredito que um dos segredos do sucesso do projeto é o fato dos integrantes do Papo atenderem, individualmente, cada aluno que apresente algum comportamento inadequado ou que está sendo vítima de alguma situação constrangedora”, avaliou.


E os resultados dos questionários confirmam isso. De acordo com os dados analisados pelo policial, os benefícios das ações do projeto são inúmeros. Entre os citados pelos professores está a aproximação com os alunos e melhoria na relação entre eles. “É unânime que todos os alunos e professores gostam quando o projeto é realizado em sua escola. A maioria dos alunos afirmou que o projeto fez diferença na vida deles, principalmente na melhoria de relacionamento com outros alunos, professores e familiares. A equipe do Papo possui um alcance incrível perante as crianças e os adolescentes. Eles conseguem mexer na vida dos alunos tornando-os protagonistas. Alunos que eram violentos antes do projeto, hoje em dia dão exemplo de civilidade, educação, respeito e companheirismo. Os que eram tímidos se transformaram em atores de um grupo de teatro. Uma mudança radical de vida e de comportamento graças às ações do projeto”, enfatizou.


Para a professora da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Silvio Rocio, Jenny Kerlley Fezer, que participou das atividades desenvolvidas na escola, o programa ‘Papo de Responsa’ ajudou a coibir a violência nas redes públicas. "Esse é um projeto maravilhoso, que tem combatido a violência entre crianças e adolescentes em escolas públicas. Uma parceria entre a Polícia Civil e a educação em busca de um futuro melhor para a próxima geração”, declarou.



Klaus informou que, durante a apresentação da sua tese, os componentes da banca ficaram bem surpresos com os dados estatísticos coletados. “Os membros da banca julgadora são profissionais que atuam na área de Direitos Humanos. Eles ficaram surpresos com o resultado do projeto, pois acreditavam que não era eficaz. Diante dos dados eles ficaram convencidos sobre o efeito positivo que o projeto causa nos jovens”, afirmou.

 

Papo de Responsa



‘Papo de Responsa’ é um programa de educação não formal que, por meio da palavra e atividades lúdicas, discute temas diversos como a prevenção ao uso de drogas, crimes na internet, bullying, direitos humanos, cultura da paz e segurança pública, aproximando os policiais da comunidade e, principalmente, dos adolescentes.


Durante o ano de 2015, o projeto, sob a coordenação do diretor da Academia de Polícia (Acadepol), delegado Heli Schimittel, atendeu a 1.663 jovens em áreas de vulnerabilidade, 210 familiares, 22 professores diretamente envolvidos com a atividade, 16 unidades de ensino, quatro municípios e 15 bairros.



“Ainda contamos com o apoio da Superintendência de Polícia Técnico-Científica, por meio do Departamento de Identificação, que proporcionou a expedição de 60 carteiras de identidade para alunos da rede pública”, relatou Heli Schimittel.




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