Governo do Estado do Espírito Santo
04/10/2013 17h52 - Atualizado em 23/01/2017 22h13

Perito da Polícia Civil desenvolve metodologia para identificar drogas no sangue de vítimas de acidentes de trânsito

perito cromatperito cromat Treze tipos de drogas foram identificados em sangues de vítimas de acidentes de trânsito. A pesquisa foi realizada por um perito bioquímico-toxicologista do Departamento Médico Legal (DML) da Polícia Civil do Espírito Santo e está sendo aplicado pela perícia capixaba desde o início do ano.

A metodologia faz parte da tese de doutorado do perito Fabrício Souza Pelição e foi desenvolvida no Laboratório de Toxicologia da Polícia Técnico-Científica capixaba com apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes).

O autor do estudo explicou que durante os anos de 2011 e 2012 foram coletadas amostras de 402 vítimas fatais de acidentes de carro, de motocicleta e de atropelamento na Grande Vitória. “Descobrimos que 45% dessas vítimas haviam consumido álcool ou algum tipo de droga como cocaína, maconha e anfetaminas, ou até ambas”, explicou Fabrício. Dentre essas vítimas estão motoristas, pedestres, caronas e pilotos.

O perito destacou ainda que 26,9% das vítimas ingeriram somente álcool,  9,2 % das vítimas consumiram drogas combinadas com álcool e que 8,7% delas só usaram algum tipo de entorpecente.   Ao todo, 17,9 % das amostras foram positivadas para o uso de drogas o que representa 72 vítimas.  A pesquisa também revelou que a cocaína foi a droga mais identificada aparecendo em 10,7 % das amostras. A maior parte dos resultados positivos foi encontrado em homens com idades entre 25 e 34 anos.

De acordo com o perito, a preocupação inicial no Brasil é descobrir se o condutor dirigiu sob efeito de álcool e não de drogas. “Porém, o intuito dessa técnica é identificar substâncias psicoativas, como cocaína, anfetamina e maconha, além do álcool, em vítimas fatais de acidentes de trânsito. Isso deveria gerar um debate sobre o Código de Trânsito Brasileiro, com o objetivo de reduzir as taxas. O uso de drogas no trânsito é tão perigoso quanto o consumo de álcool”, acrescentou o perito do DML.

 A pesquisa será apresentada no Congresso Brasileiro de Toxicologia  e no I Simpósio Internacional sobre Drogas, Álcool e Trânsito  que serão realizados  entre os dias 7 e 10 de outubro, na cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

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