chefe-peritos Vinte peritos papiloscópicos da Polícia Civil estão participando do curso de aperfeiçoamento sobre a representação facial humana. As aulas começaram nesta terça (14) e seguem até sexta-feira (17), e são dadas por um perito papiloscopista da Polícia Federal, que vai explicar o funcionamento do Programa Horus e a teoria de confecção de retratos falados digitais.
Á convite da Polícia Civil, o papiloscopista e colaborador para o desenvolvimento do Programa Horus, Antônio Vantuir das Chagas Miranda, vai ensinar aos peritos capixabas como utilizar as ferramentas do programa para aperfeiçoar a elaboração e a representação do retrato falado, com conhecimentos e técnicas avançadas, baseando-se nas descrições das vítimas e testemunhas com o objetivo de elucidar os crimes, além de realizar estudos e pesquisas visando à identificação humana, resultando na confecção de retratos falados que mais se aproximem da imagem descrita pelas vítimas e /ou testemunhas.
O chefe de Polícia, delegado Joel Lyrio informou que o processo de qualificação dos policiais civis atualmente não se resume a uma categoria. “Esse curso de retrato falado demonstra a iniciativa dos peritos papiloscópicos e também da diretoria da Acadepol no sentido de trazer instrumento de alta tecnologia que vai propiciar a esses profissionais de perícia a identificar com rapidez o autor de crime por meio do relato de uma testemunha”, enfatizou. Ele acrescentou a importância da parceria com a Polícia Federal, com a cessão do software de retrato falado bem como do ensinamento e da sua melhor forma de aplicação.
Ao final do curso, que tem carga horária de 40 horas, os 20 peritos participantes serão capazes de criar retratos falados em alta definição, além de manipular e inserir marcas, cicatrizes, acne e outros elementos e, ainda, confeccionar projeções de envelhecimento em imagens digitais da face humana, utilizando o banco de modificações faciais e acessórios como o envelhecimento natural da face humana, o aparecimento de rugas e as técnicas de envelhecimento em imagens digitais.
Outros benefícios do Programa Horus é permitir a confecção de projeções de disfarces em imagens digitais da face humana, utilizando ferramentas de programas de imagens e do banco de modificações faciais e acessórios.
Programa Horus
Utilizado pela Polícia Federal desde 2009, o Programa Horus, desenvolvido por servidores do Instituto Nacional de Identificação, é uma ferramenta de identificação de criminosos e pessoas desaparecidas nas investigações policiais por retrato falado com qualidade fotográfica. O software tem como grande diferencial a possibilidade de trabalhar com imagens de alta definição.
Os policiais federais criaram um banco de dados com quatro mil imagens coloridas com características de pessoas brasileiras e com a possibilidade de acrescentar detalhes que ajudarão a tornar os retratos falados cada vez mais reais. Apenas de formatos de rostos são 29 mil páginas com aproximadamente 350 tipos de rostos. O programa permite o uso de projeções de envelhecimento, o acréscimo de disfarces, cicatrizes e acessórios, além da equalização de tons de pele.
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