Governo do Estado do Espírito Santo
08/05/2014 15h42 - Atualizado em 24/06/2019 19h25

Polícia Civil indicia casal suspeito de provocar lesões corporais na própria filha

Nesta quinta-feira (08), a equipe da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) concluiu o inquérito que resultou no indiciamento de um casal, suspeito de provocar lesões corporais contra a própria filha de dois meses de idade.

De acordo com o responsável pelo caso, delegado Érico Mangaravite, as investigações começaram após uma equipe de uma unidade de saúde de Vitória tomar conhecimento do caso e acionar o Conselho Tutelar, após constatar que a criança estava com diversas lesões pelo corpo. Em seguida, os pais da criança foram conduzidos à 1ª Delegacia Regional de Vitória, no último dia 30, e foram ouvidos pelo delegado de plantão. “Eles não souberam explicar a origem das lesões e por isso o bebê foi levado para um abrigo e encaminhado ao Departamento Médico Legal (DML) para a realização de exame de lesões corporais, que apontaram que as lesões foram provocadas por mordidas humanas”, disse Mangaravite.

Já nessa segunda-feira (05), o casal foi até a DPCA para prestar depoimento e o pai confessou que mordeu a filha após um acesso de fúria causado por dificuldades financeiras. Ele alegou que desde a infância tem dificuldade para controlar suas reações quando passa por momentos de raiva. “Além de reconhecer que mordeu a filha , o suspeito ainda contou que alguns dias antes também segurou a criança com força excessiva. Em outra ocasião, agiu de modo negligente e permitiu que a criança tivesse um dos pés queimado pelo vapor de água que fervia em uma panela enquanto cozinhava e segurava o bebê no colo. Já a mãe do bebê disse que não desconfiava das agressões”, ressaltou o delegado.

O responsável pelo caso informou ainda que o laudo elaborado pelo médico legista comprovou a presença de duas lesões sugestivas de mordedura humana, localizadas no braço esquerdo da criança. Além disso, apontou a existência de queimadura em pé esquerdo. “O bebê está sob a responsabilidade de Conselho Tutelar de Vitória. Os relatórios e laudos feitos por profissionais da área da saúde que atenderam a família foram anexados ao inquérito e comprovam que a criança apresentava um quadro de desnutrição, infecção por fungos, palidez, choro e comportamento irritadiço”, concluiu Érico Mangaravite.

Os suspeitos foram indiciados pelos crimes de maus-tratos, lesão corporal qualificada por violência doméstica e lesão corporal culposa. O inquérito será encaminhado para uma Vara Criminal, sendo que uma cópia será entregue à Promotoria da Infância e Juventude de Vitória, para a adoção das medidas de proteção previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente.

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