A simulação de uma morte violenta e vestígios existentes na cena do crime são os elementos utilizados pelo Circuito Jovem Perito, apresentado Polícia Técnico-científica na 9ª Semana Estadual de Ciência e Tecnologia, para interagir com o público do evento e conscientizar a população sobre a preservação de um local de crime para desvendar sua autoria.
Todas as etapas para elucidação de um crime serão expostas aos visitantes que poderão ver de perto o trabalho dos peritos criminais e papiloscópicos da unidade. O evento teve início nesta quarta-feira (17) e segue até a sexta-feira (19), na Praça do Papa, em Vitória.
O circuito Jovem Perito traz a simulação de um assassinato. Todo material encontrado na cena do crime que apresenta vestígios da autoria do homicídio - sangue, documentos, digitais, droga, faca e uma arma de fogo - é recolhido pelos peritos para análise. O local foi isolado para não haver contaminação e facilitar a elucidação da ocorrência.
O próximo passo após a coleta de dados é a necropsia do corpo no Departamento Médico Legal (DML) para retirada do projetil alojado no tórax da vítima. Os visitantes acompanham todo o trajeto e no Laboratório de Química Legal podem verificar como tudo é feito.
Exames de urina e sangue são realizados para identificar se a vítima usou entorpecente. O sangue encontrado na faca que estava no local do crime é submetido a exame de DNA. O aparelho chamado de Cromatógrafo Gasoso identifica se a substância encontrada na casa se trata realmente de entorpecente e a perícia papiloscópica verifica amostras de digitais coletadas na cena do crime.
No Departamento de Criminalística, aparelhos eletroeletrônicos extraem dados do telefone celular e uma máquina de última geração ajuda a identificar documentos falsos. O próximo passo é verificar se o projetil retirado do corpo da vítima saiu realmente da arma de fogo encontrada no local do crime.
“Após a análise dos materiais, os visitantes poderão saber o desfecho do caso e saber como tudo aconteceu. Nosso objetivo é conscientizar as pessoas de que uma cena de crime preservada aumenta a chance de elucidar o caso. Além disso, esta é uma chance de as pessoas conhecerem melhor o nosso trabalho e perceberem como a ciência e a tecnologia nos auxilia diariamente”, disse o delegado Guilherme Daré, superintendente da Polícia Técnico-científica da Polícia Civil.
Retrato Falado
Além disso, peritos papiloscópicos estão no local para simular a confecção de retratos-falados. Kassandra da Silva Vieira, professora de tecnologia educacional, visitou o estande da perícia e pôde conhecer um pouco mais dessa atividade. Ela estava acompanhada do professor de matemática, João Carlos Martinelli. Uma simulação foi realizada pelo perito papiloscópico, Maurício Braga, para realizar o retrato-falado do amigo. “Passei as características do João Carlos e achei o resultado bem parecido”, disse.
Investimento
Desde 2011, a Polícia Técnico-Científica já recebeu R$ 38 milhões em investimentos do Governo do Estado. Até 2014 mais R$ 32 milhões serão injetados para modernização e reaparelhamento da unidade.
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