Governo do Estado do Espírito Santo
04/02/2013 18h01 - Atualizado em 23/01/2017 20h24

Preso suspeito de ser o mandante do assassinato da jornalista Maria Nilce

Na manhã desta segunda-feira (04), a Polícia Civil prendeu o homem acusado e condenado por ter mandado matar a jornalista Maria Nilce, em julho de 1989, quando ela chegava a uma academia de ginástica localizada na Praia do Canto, em Vitória.
O empresário J. A. A., 75 anos, foi preso quando saía de um supermercado, no Bairro Jardim da Penha, na capital.  O Superintendente de Polícia do Interior, delegado Danilo Bahiense, informou que na semana passada recebeu uma informação de que o empresário estaria circulando próximo da região onde foi preso e desde então a polícia tem feito investigações nesta área. “Hoje pela manhã, por volta de 11 horas, eu estava ali próximo e resolvi fazer umas buscas na região quando avistei o empresário, já no meio da rua com algumas sacolas na mão. Chamei-o pelo nome, ele atendeu e me reconheceu”, contou o delegado.
J. alegou que já sabia, de imediato, que se tratava de problemas relativos ao crime da jornalista, tendo em vista que ele não responde a nenhum outro processo. Ele seguiu até a rua residência juntamente com os policiais a fim de buscar os remédios que ele usa. Os policiais realizaram buscas no local e nada de ilícito foi encontrado. Em seguida, ele foi encaminhado à Superintendência de Polícia do Interior (SPI) onde prestou depoimento.
O empresário nega qualquer participação no crime e diz que não conhecia os autores. “No processo não existem provas contra mim. O júri popular não tem acesso ao processo, eles só veem o que a mídia mostra. Eu não tinha motivos para mandar matar ninguém, eu conhecia e me dava bem com ela e com o marido dela. Minha esposa não gostava de aparecer na mídia e nem frequentava festas a noite. Ela apenas malhava e corria na praia. Nunca fez mal a ninguém” esclareceu o empresário.
O caso
Maria Nilce foi assassinada aos 48 anos, em 5 de julho de 1989, quando chegava a uma academia, na rua Aleixo Neto, Praia do Canto, em Vitória, por volta das 7 horas, na companhia da sua filha.

Críticas e ameaça de anunciar envolvidos com tráfico de drogas, feitas na coluna social que escrevia para o Jornal da Cidade, seriam as causas do assassinato. O caso foi investigado pela Polícia Federal que apontou como mandante o empresário.

Em 2007, J. foi condenado à 13 anos de prisão por homicídio qualificado  e, em julho do ano passado, a justiça capixaba expediu o mandado de prisão do empresário.
Na época do crime, J. chegou a ficar onze meses presos, sendo seis no antigo presídio de Novo Horizonte e outros cindo na Delegacia de Polícia (DP) de Jacaraípe.  Após conseguir o alvará de soltura, o empresário passou a recorrer em liberdade na justiça. O processo de J. percorreu todas as instâncias até chegar a Brasília e ser devolvido com determinação de que  a prisão dele fosse cumprida.
Segundo as investigações, a motivação do crime seria uma publicação que a jornalista fez em sua coluna social a respeito da esposa do empresário, com a qual ele é casado há 48 anos.
Na época, J. era um bem sucedido empresário no ramo de seguros e possuía vários bens, os quais foram empenhados para pagar honorários de advogados em troca da sua liberdade. Atualmente, ele estava morando em um pequeno quarto alugado, o qual era pago por um amigo, e vivendo da renda de um salário mínimo pago pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

Outras quatro pessoas também tiveram participação no crime. Duas delas já morreram, uma está presa e a outra está desaparecida. O empresário será encaminhado ao Centro de Triagem de Viana (CTV).

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