Governo do Estado do Espírito Santo
14/03/2014 11h39 - Atualizado em 25/06/2019 18h21

Projeto social desenvolvido pela Polícia Civil já beneficiou mais de mil jovens

papo responsa 14 03papo responsa 14 03 Conscientizar para prevenir. Essa é a ideia principal que os policiais civis atuantes no Projeto Papo de Responsa, desenvolvido pela Polícia Civil, buscam transmitir para adolescentes de diversas escolas da Grande Vitória. Temas diversos como a prevenção ao uso de drogas, crimes na internet, bullying, direitos humanos, cultura da paz, segurança pública, entre outros, são discutidos por meio de conversas informais com meninos e meninas com mais de 12 anos.

De acordo com o responsável pela Academia de Polícia (Acadepol), delegado Heli Schimittel, em cinco meses de atuação, 1075 alunos de cinco escolas diferentes foram beneficiados com o projeto. “Para este semestre, a expectativa é que esse número suba para 3700 jovens de nove escolas da Grande Vitória”, avaliou.

O chefe da Polícia Civil, delegado Joel Lyrio, ressaltou a importância do projeto na área da prevenção da violência. “O nosso trabalho não é só prender. Temos que agir como uma polícia judiciária, atender bem a população e trabalhar na prevenção”, afirmou.

Utilizando uma metodologia pautada em bate-papos entre os policiais e o público alvo, o Papo de Responsa busca aproximar a polícia da sociedade e vice-versa, permitindo, assim, uma atuação social mais intimista e sólida. Desta forma, a aproximação proporciona uma ação preventiva da Segurança Pública, a qual ajuda a mudar a visão da juventude quanto ao que é, quem é e qual é o papel exercido pela polícia no contexto social.

Os resultados já começaram a aparecer. O investigador Rogério Rangel, um dos integrantes da equipe do Papo de Responsa, conta o caso de uma mãe que o agradeceu pelas informações repassadas aos alunos da escola onde o filho estudava. “Ao final da reunião com os pais, a mãe de um aluno nos agradeceu dizendo que nós tínhamos livrado o filho dela do bullying. Agradeci e expliquei para ela que não fomos nós que conseguimos isso, mas os alunos que se conscientizaram porque eles nos escutaram”, relatou.

O investigador disse ainda que, após a passagem do projeto pelas escolas, os alunos passam a exercer a cidadania e a atuar como fiscalizadores de ações que não atingem a paz social. “As crianças passam a se conscientizar e elas mesmas começam a monitorar as atitudes dos colegas, evitando assim que certos comportamentos negativos que aconteciam antes da nossa passagem voltem a acontecer”, avaliou.

A experiência de atuar no projeto permitiu que Rangel tivesse uma grande alegria. Uma das escolas onde o projeto passou é especial, já que ele estudou na instituição quando era criança. “Voltar ao local onde eu estudei e poder transmitir uma mensagem positiva para outras crianças é gratificante”, afirmou.

A investigadora Danielle Leonel conta que além de escolas, o projeto está sendo desenvolvido em igrejas e associações de moradores com palestras e conversas informais que abordam questões variadas, como violência, bullying e drogas. “A demanda está tão grande, que para este semestre não temos mais disponibilidade para atender nenhuma escola”, falou.

Projeto

O Papo de Responsa é um programa de educação não formal, executado pela Polícia Civil do Espírito Santo, baseado nas experiências e ações desenvolvidas durante a execução do mesmo programa pela Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro. Por meio da palavra e com atividades lúdicas, o Papo de Responsa visa coibir a violência. Para isso, a polícia estará presente no dia a dia das crianças, aproximando os policiais da comunidade em torno da escola.

As atividades começam a partir do convite feito pela escola interessada em participar do Papo de Responsa. O programa é desenvolvido em três momentos diferentes: Papo de Responsa, Um papo é um papo e Papo no Chão.

A primeira etapa, que leva o nome do projeto, é uma conversa entre policiais e alunos a qual tem como foco discutir sobre o tema escolhido junto à direção ou orientação pedagógica. Na maioria das vezes, são temas relacionados com a realidade educacional.

Em um intervalo de 45 dias, os alunos, sob a orientação dos professores, desenvolvem a criatividade e produzem materiais como textos, músicas, poesias, vídeos e colagens de fotos, mostrando a percepção deles sobre a problemática abordada.

Na segunda fase é “Um Papo é um Papo”, os jovens se tornam os protagonistas. Eles emitem suas opiniões sobre o tema abordado no primeiro encontro e escolhem algumas questões para serem aprofundadas. Nesta etapa, os policiais atuam como mediadores e são responsáveis pelo aprofundamento das questões levantadas pelos alunos.

Um mês após, os policiais retornam à escola e desenvolvem a última fase do projeto, intitulada de “Papo no Chão”, na qual os alunos e os policiais civis formam uma roda de conversa no chão da Academia de Polícia (Acadepol) e trocam ideias relacionadas a questões direcionadas sempre no tema proposto pela instituição.

Em seguida, acontece o papo com a família dos alunos onde os policiais ouvem a percepção dos pais e também como os adolescentes reagiram diante das novas informações.

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