Na manhã desta quinta- feira (25), policiais civis da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) realizaram uma operação e prenderam um suspeito de abusar sexualmente de duas filhas e também da própria neta, que na época do crime tinha apenas seis anos de idade. A prisão aconteceu no município de Cariacica.

Segundo informações do titular da DPCA, delegado Érico Mangaravite, o suspeito de 59 anos foi detido em virtude de um mandado de prisão temporária em aberto expedido pela 1ª Vara Criminal de Cariacica. Ele contou que, no último dia 18, a mãe da criança foi até a delegacia para informar os abusos sofridos pela filha, que atualmente tem 11 anos. “A mãe contou que a revelação dos abusos ocorreu no dia em que a criança acordou chorando muito. Ela perguntou o que havia acontecido, mas a criança não parava de chorar. Em determinado momento, a criança disse que havia sonhado que o avô havia morrido e, por conta disso, no sonho ela finalmente pode contar para a mãe o que ocorreu”, disse o delegado.

Durante o depoimento, a mãe da menina informou que, após o desabafo da filha, suas duas irmãs confessaram que, na infância, também foram abusadas pelo próprio pai. “Ao serem ouvidas, as tias da menina confirmaram os abusos que elas sofreram e que foram praticados pelo suspeito”, relatou Érico Mangaravite.

O delegado explicou que o suspeito usou a mesma abordagem para abusar das filhas e da neta. “Ele esperava que os familiares saíssem de casa para praticar o delito. Ele ameaçava as meninas dizendo que mataria todo mundo, caso elas contassem para alguém”, explicou o titular.

Durante as buscas realizadas no local em que o homem foi encontrado, os policiais apreenderam uma arma de fabricação caseira. “Ele confessou que a garrucha era dele e disse que foi feita com pedaços de outras armas”, disse Mangaravite.

Em depoimento, J.G.R. negou o delito e alegou ter um bom relacionamento com as filhas e neta. Ele foi autuado, em flagrante, por posse irregular de arma de fogo e encaminhado ao Centro de Triagem de Viana (CTV), onde cumpre um mandado de prisão temporária inicial de 30 dias e permanece à disposição da justiça.

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