Governo do Estado do Espírito Santo
27/09/2016 16h45 - Atualizado em 25/03/2019 18h53

PC e Banco de Olhos do Espírito Santo comemoram parceria de 18 anos

banco de olhos 27 09 002banco de olhos 27 09 002 A Polícia Civil e o Banco de Olhos do Espírito Santo (BOES) celebraram nesta terça-feira (27) os 18 anos de parceria. Para isso, foi realizado o tradicional café da manhã no Departamento Médico Legal (DML) para comemorar, também, o dia nacional de Doação de Órgãos, celebrado no dia 27 de setembro.
Prestigiaram o evento o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, André Garcia, a chefe de Polícia, delegada Gracimeri Gaviorno, o superintendente de Polícia Técnico-Científica, delegado Danilo Bahiense, o superintendente de Polícia Especializada, Josemar Sperandio, o diretor médico do Banco de Olhos do Espírito Santo, Abraão Garcia Mendes, a enfermeira coordenadora da Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos e Tecidos e Transplantes (CNCDO), Raquel Matiello, além dos funcionários que atuam no DML e também na Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa).


A chefe de Polícia lembrou que ficou encantada quando conheceu o projeto, quando era superintendente de Polícia Técnico-Científica . “Esse projeto só é possível graças à parceria com a Secretaria Estadual de Saúde, pois a captação de órgãos é um trabalho que depende muito de conscientização das pessoas. Sei que todo mundo aqui está comprometido com essa ideia, pois só quem precisa da doação de órgãos sabe o quanto é importante esse trabalho. Os profissionais do DML estão sempre presenciando os sofrimentos vividos por muitas famílias, porém esse projeto vem nos proporcionando muitas alegrias há 18 anos e levando qualidade de vida para aqueles que dependem da doação de uma córnea”, afirmou.

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Em seu discurso, o secretario de Segurança Pública e Defesa Social também fez questão de ressaltar o trabalho desenvolvido pelos profissionais do BOES e da Polícia Civil. “Apesar de a atividade estar ligada a muita tristeza, vocês estão de parabéns por construir um ambiente altruísta, acolhedor e ao mesmo tempo tão profissional. Essa parceria simboliza a esperança, pois vocês estão gerando e contribuindo para a melhora de vida de algumas pessoas. Isso revela um compromisso, seriedade e amor à vida”,  destacou.


Durante o evento, a coordenadora do CNCDO agradeceu a parceria com a Polícia Civil e ressaltou a importância da captação realizada no DML. “Nós trabalhamos para que esse transplante seja efetivado e o DML é um grande celeiro. O Espírito Santo é um dos destaques nacionais nessa questão de doação de córneas. Quando um Estado precisa de doação, um dos primeiros bancos que eles recorrem é o daqui. Nós trabalhamos para nossa sociedade, mas também podemos atender os pacientes priorizados de outros Estados, como o caso de uma criança que precisa de uma doação. Quem usa óculos sabe o quanto é difícil ler quando esquecemos os óculos em casa, portanto dar uma nova visão é de fato dar uma nova vida para a pessoa e nós nos orgulhamos muito desse trabalho”, declarou.

 

banco de olhos 27 09 001banco de olhos 27 09 001 Na ocasião,o Coral da Polícia Civil fez uma apresentação para os que estiveram presentes e prestigiaram mais um anivesráio da parceria com o Banco de Olhos do Espírito Santo. 

 


Banco de Olhos do Espírito Santo


O Banco de Olhos do Espírito Santo (BOES) foi criado em 1998, por meio de uma parceria entre a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), o Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (Hucam) da Ufes, a Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes ) e o Serviço Social da Indústria (Sesi).

O Banco recebe doações, prepara e distribui córneas para transplante. A pessoa que receberá o tecido ou órgão, entretanto, é listada no Sistema Nacional de Transplantes (SNT) e aguarda a marcação da cirurgia pelo médico.

De acordo com a enfermeira do BOES Gabrielle Guidoni, das 2168 doações realizadas pela equipe BOES, desde a fundação em 1988, 607 delas foram efetivadas no DML. Ela explicou que o trabalho de conscientização sobre a importância da doação dos órgãos, em especial de córneas, é feito no DML por meio das abordagens realizadas por representantes da Central de Notificação, Captação e Doação de Órgãos, aos familiares das vítimas.

“A conscientização também se estende aos médicos legistas, auxiliares de perícia, peritos papiloscopistas, motoristas e recepcionistas, tendo em vista que esses profissionais são os primeiros a terem contato com os familiares dos possíveis doadores. Por isso, a colaboração e o esforço da equipe do Departamento são de fundamental importância para nosso trabalho, pois agilizando os procedimentos – transporte, necropsia e liberação do potencial doador – obtemos tecidos oculares de melhor qualidade para os transplantes”, afirmou.

A enfermeira informou, ainda, que para ser um doador de córnea basta ter entre dois e 75 anos. “Quem autoriza a doação é um familiar. Atualmente, a fila de pacientes aguardando transplante é de 72 pessoas, por isso a importância do incentivo à doação“, ressaltou. banco de olhos 27 09 003banco de olhos 27 09 003


O BOES funciona 24h/dia no próprio Hucam, na Avenida Marechal Campos, 1355, no bairro Maruípe, em Vitória.

Telefones:
Banco de Olhos: (27) 3335-7106/ 9995-2590
Central de Notificação, Captação e Doação de Órgãos: (27) 3235-1028

 

Processo de Transplante

Segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), no Brasil, o transplante só acontece com a autorização, por escrito, de um familiar do doador. Podem ser doados coração, pulmão, fígado, pâncreas, rim, córnea, ossos, músculos e pele.

O paciente que necessita do transplante, chamado de receptor, é aquele que está na lista de espera gerenciada pela Central de Transplantes do Estado. Além disso, ele tem que ser compatível com o doador.

Para ser um receptor, o paciente preenche uma ficha e faz exames para determinar suas características sanguíneas, da estatura física e antigênica (no caso dos rins), acompanhado e orientado pela equipe médica do centro de transplante de sua escolha ou região de domicílio.

Os dados são organizados em um programa de computador. A ordem cronológica é usada também como critério de classificação. Quando aparece um órgão, ele é submetido a exames e os resultados processados ficam à disposição do sistema de classificação de receptores em lista.

O programa faz o cruzamento entre os dados de doador e receptor e apresenta as dez opções mais compatíveis com o órgão. Esse dez pacientes não são identificados pelo nome para evitar favorecimento, somente pelas suas iniciais e números.


O laboratório refaz os exames e realiza outros novos com material armazenado desse receptor. Nesse momento, o receptor ainda não é comunicado. A nova bateria de exames aponta o receptor mais compatível.


O médico do receptor é contatado para responder sobre o estado de saúde do paciente. Se ele estiver em boas condições, é o candidato a receber o novo órgão. A partir de então, ele é contatado e decide se deseja o transplante. Caso o receptor não esteja bem de saúde, o processo recomeça, seguindo a lista estabelecida, rigorosamente.

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