A análise de 80 comprimidos que aparentemente pareciam ser de ecstasy revelou a presença de uma droga inédita no Estado identificada por peritos criminais e peritos bioquímicos-toxicologistas da Polícia Civil. Trata-se da mefedrona, uma droga sintética que provoca efeitos similares ao do ecstasy ou da cocaína.
A droga foi apreendida em janeiro durante uma ação de policiais militares na Ilha do Príncipe, em Vitória. Os comprimidos foram encaminhados ao Laboratório de Química Legal do Departamento de Criminalística da Polícia Civil, onde peritos criminais juntamente com peritos bioquímicos-toxicologistas realizaram diversos testes específicos, por meio de avançadas técnicas instrumentais de análise química, e constataram que os comprimidos continham a substância mefedrona, conhecida popularmente como miau-miau ou sais de banho.
De acordo com a perita criminal Bianca Bortolini, a mefedrona pode ser adquirida tanto na forma em pó como em comprimidos. “Essa droga tem grande potencial de causar dependência química. Ela está começando a chegar ao Espírito Santo já que, depois dessa apreensão, nós analisamos outras duas amostras também apreendidas aqui no Estado”, afirmou ela.
Os efeitos da droga
A mefedrona é uma droga sintética similar às catinonas, encontradas naturalmente nas folhas e nos ramos frescos da planta Catha edulis. Seus efeitos são similares ao do ecstasy ou da cocaína, e incluem o aumento da euforia, do estado de alerta e da inquietação, podendo causar alucinações, paranoia, ataques de pânico e comportamento violento.
Proibição
Em 2011, a Agência Nacional de Vigilância sanitária (ANVISA) incluiu a mefedrona na Portaria 344/1998, na categoria de drogas proscritas no país, ao lado, por exemplo, da cocaína e do ecstasy. Assim, a venda, a manipulação e o consumo dessa substância passam a ser considerados ilícitos.
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