Policiais civis da Delegacia de Mimoso do Sul prenderam, na manhã desta terça-feira (17), A.S.A., 37 anos, suspeito de torturar a própria filha, uma criança de seis anos. O mandado de prisão temporária expedido pelo juiz Comarca de Mimoso do Sul foi cumprido na localidade de Pontões, na zona rural do município.

Segundo o titular da Delegacia de Polícia (DP) de Mimoso do Sul, delegado Rômulo Carvalho Neto, a companheira do pai da criança identificada como E.B. também está sendo investigada pelo crime de tortura por omissão.

O delegado contou que no último dia 05, o Conselho Tutelar de Mimoso do Sul recebeu uma denúncia anônima informando que uma criança de seis anos era agredida fisicamente pelo pai. “Durante a verificação da procedência das informações ficou constatado que a criança tinha inúmeras lesões por todo o corpo, entre recentes e antigas. Ela foi encaminhada para a DP para ser confeccionado registro de ocorrência e também foi submetida a exame de corpo de delito. O laudo médico apontou que a menor apresentava 24 lesões recentes e diversas antigas, todas provocadas por instrumento contundente. Segundo a criança relatou à médica legista, ela apanhava do pai porque fazia urinava na cama”, relatou Rômulo Carvalho Neto. De acordo com o delegado, por medida de segurança, a criança foi abrigada na casa de passagem de Mimoso do Sul.

“De posse dessa informações, instauramos o inquérito policial e representamos pela prisão temporária do pai da criança, a qual foi deferida pelo Poder Judiciário. Com a prisão do indiciado as investigações prosseguem para a coleta de mais indícios do crime”, afirmou.

Ele contou ainda que a vítima estava convivendo com o pai há cerca de seis ou oito meses e que era fruto de um relacionamento extraconjugal do pai com a sobrinha de sua companheira. “A companheira do pai da menina, também será indiciada, uma vez que tinha ciência de tudo e nada fez para impedir ou denunciar a brutalidade que o companheiro cometia contra a criança”, esclareceu o titular da DP de Mimoso do Sul.

Rômulo Carvalho Neto informou que se A.S.A. for condenado ele poderá ser condenado a pena de dois a oito anos de prisão. Já a companheira dele a pena varia entre um e quatro anos de cadeia.

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