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A chefe de Polícia, delegada Gracimeri Gaviorno, participou nessa quinta-feira (12) do lançamento do livro “Entardecer de Estações: Representações de Morte, Perda e Luto”, do investigador de polícia Alexandre Sant’Ana de Brito e da professora Laura Camara Lima. O evento aconteceu na livraria de um shopping localizado em Jardim da Penha, em Vitória.

“Temos visto que em todas as categorias da Polícia Civil os policiais estão buscando a especialização e a obtenção de grau de mestres e doutores. Isso tem dado retorno não somente para a instituição, mas também para a sociedade capixaba”, afirmou Gracimeri.

Além de ser policial civil, Alexandre Sant’Ana de Brito é historiador, mestre e doutor em Psicologia Social pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). De acordo com autor, o livro é a continuidade de uma série de inquietações que ele possui enquanto policial civil, professor e morador deste Estado. “A escolha do tema aconteceu durante um evento acadêmico que eu participei em 2006, o qual discutia assuntos voltados para a religião”, informou.

Segundo o autor, a intenção da obra foi fazer uma análise de como as diversas sociedades lidam com a morte. “Quisemos sair daquele conceito superficial de morte e nos aprofundamos nas várias formas de concepções a respeito deste tema existentes em outras culturas que temos no Brasil e no mundo. A morte é carregada de significados. Ela vai além da morte do corpo físico, pois produz entendimentos científicos e culturais. É uma série de valores e rituais cultuados de formas variadas. Com a minha passagem pelo Departamento Médico Legal (DML) da Polícia Civil obtive informações que me ajudaram a entender melhor como a nossa cultura lida com a morte”, concluiu.

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Alexandre possui outros estudos nas áreas de História, Políticas Públicas, Saúde, Sociologia e Psicologia Social.

Sobre a obra

A obra apresenta resultados de três investigações científicas sobre morte, perda e luto. Descreve também como os modos de morrer estão sócio-historicamente ligados aos modos de vida.

Além disso, os autores também relatam como as mudanças na socialização e na urbanização influenciam nas maneiras e nos costumes relacionados à morte. O livro também sugere que seja feita uma reanálise em torno do padrão atual de como a sociedade encara o tema morte, bem como um reexame dos papéis dos profissionais que atuam nas áreas correlatas.

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Texto: Fernanda Pontes

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